Durante uma operação nos bairros Rio de Janeiro e Maracanã, a Polícia Militar recebeu informações através do COPOM sobre uma situação que estava ocorrendo em um "Disk Cerveja" na avenida Agnaldo Manhezzo, conhecido como "Tribunal do Crime".
Um indivíduo havia sido sequestrado e estava no local, que era de propriedade de um outro homem identificado. Também foi informado que criminosos faccionados com uma organização estavam esperando autorização para matar o indivíduo.
As equipes da PM já tinham conhecimento do local, e foi montada uma operação com as viaturas da Companhia Tático Móvel, ROCCA e CPU. Quando as equipes chegaram ao local, havia várias pessoas aglomeradas na porta do Disk, incluindo o proprietário. Foi feita uma busca no local para localizar o indivíduo que supostamente estaria preso no local e correndo risco de morte.
O dono explicou que levou o homem até o local para dar uma "coça" nele, uma vez que ele havia furtado em seu comércio. O proprietário do estabelecimento apresentou uma filmagem que mostrava um indivíduo furtando, que ele afirmou ser o capturado. Ele afirmou que apenas deu uma "coça" nele em uma rua lateral como forma de repressão devido ao fato, e que quando estava no interior do comércio, apenas conversou com ele, mas o liberou ainda na via.
Entre as pessoas que estavam no local, estava a mãe da vítima, que ficou sabendo que seu filho estaria naquele local e estaria sendo torturado. Ela explicou que, apesar do proprietário garantir que seu filho estava bem, ela não sabia até o momento do paradeiro dele e não conseguia contato telefônico com ele.
Durante as buscas na casa, com o auxílio da equipe de ROCCA, foi localizado pelo cão de faro de entorpecentes um tablete pequeno de substância análoga à maconha que estava entre as caixas de bebidas, e outro tablete maior que o dono indicou o local e entregou de livre espontânea vontade, nos relatando que é usuário.
As equipes do turno seguem com vistas a localizar o cidadão que fugiu. Diante da situação, foi dada voz de prisão ao dono do "Disk Cervejas", conforme preconiza a Lei 11.343/2006. Ele, juntamente com o material, foi levado até a Delegacia de Plantão.