Nesta quinta-feira (14), as forças militares receberam informações sobre um incidente de estupro ocorrido por volta das 3h da manhã em via pública. A vítima, de 44 anos, foi vista descendo a rua José Jorge Pena, no bairro Vila São Cristóvão, apresentando sinais evidentes de embriaguez. Ela caminhava com dificuldade e estava acompanhada por dois indivíduos. Um deles, vestia bermuda azul, camiseta escura e boné, empurrando uma bicicleta com uma bolsa feminina aparentemente presa no guidão. O outro, vestia bermuda azul, chinelos e uma camiseta branca de time de futebol. Eles a auxiliavam para evitar que caísse devido ao seu estado de embriaguez.
Segundo uma testemunha, ela ouviu uma voz feminina repetidamente dizendo: "Não, não quero! Não vou fazer isso". Pela fresta do portão, conseguiu ver apenas o pneu de uma bicicleta estacionada na rua. Em seguida, a testemunha entrou em casa para vestir uma roupa e, ao sair novamente, deparou-se com a vítima parcialmente vestida. Ao questionar o que estava acontecendo, a vítima alegou ter sido estuprada. Imediatamente, vizinhos a socorreram e a encaminharam ao Hospital das Clínicas.
A guarnição dirigiu-se ao hospital para conversar com a vítima. Ela relatou que estava em uma festa e lembrava apenas de ter pedido um Uber, momento em que teve um "apagão" devido ao uso excessivo de medicamentos controlados e álcool naquele dia. A vítima afirmou que não recordava detalhes dos acontecimentos, mas que tinha sido estuprada, lembrando-se de ter tido os cabelos puxados e ter sofrido lesões. Além disso, ela informou não saber onde tinha deixado seu celular e sua bolsa. Apresentava lesões leves no pescoço, braço, costas e queixava-se de dor no couro cabeludo.
Durante as diligências próximas ao local do incidente, populares relataram ter visto a vítima com outro suspeito, um homem de 34 anos, de estatura mediana, vestindo calça jeans e blusa vermelha. Uma frequentadora de uma das boates próximas ao local, que preferiu não se identificar, indicou que o suspeito residia na rua atrás do local dos fatos, em uma casa nos fundos.
Com base nessas informações, a guarnição do supervisor, juntamente com outros militares, deslocou-se até o endereço mencionado na denúncia anônima para verificar os fatos. Próximo ao local indicado, o suspeito, foi avistado por um dos membros da guarnição e imediatamente abordado. Ele foi questionado sobre sua participação no crime devido a várias denúncias contra ele. O suspeito alegou não se lembrar do horário exato, pois estava alcoolizado, mas afirmou que encontrou a vítima em um bar na avenida Deputado José Marcos Cheren. Após consumirem bebidas, eles foram a uma boate na mesma avenida, onde a vítima já estava visivelmente alterada devido ao consumo de álcool.
Durante o tempo em que estiveram no estabelecimento, o suspeito alega ter apenas beijado a vítima duas vezes, negando qualquer outro ato contra ela. Diante das circunstâncias e do estado reduzido de discernimento da vítima, o suspeito recebeu voz de prisão pelo crime de estupro.
O suspeito foi conduzido à UPA provisória devido a uma fratura pré-existente no pé, pela qual alegou estar com dores. O suspeito estava sob efeito de álcool, ele afirmou utilizar a bebida para aliviar suas dores no pé. Após o atendimento médico, ele foi encaminhado à delegacia de polícia para as providências legais.