Alunos de Peirópolis também enfrentam problemas com o transporte escolar rural

Transporte escolar rural é alvo de denúncias, tanto pela falta de profissionais em atividade, quanto pelas más condições dos veículos, também no bairro de Peirópolis. Segundo integrantes da equipe da Escola Municipal Frederico Peiró, que preferiram não se identificar, de três motoristas, apenas um estaria ativo atualmente, sendo que um estaria com o veículo quebrado e o outro com pagamento em atraso.

De acordo com denunciantes, uma das vans pertence a empresa terceirizada que presta serviços à RS Expresso, responsável pelo transporte escolar rural, e a falta de pagamento fez com que ela parasse de circular.

Foi relatado à reportagem do Jornal da Manhã, que motoristas chegaram a pegar dinheiro emprestado com pais de alunos para que pudessem abastecer. Porém, devido ao longo trajeto de ida e volta, a van não conseguiu concluir o transporte de alunos na semana e paralisou as atividades nesta quarta-feira (19), por não conseguir abastecer mais o veículo.

Segundo o radialista e repórter cinematográfico Jander Duran, que esteve na manhã de ontem (20) em Peirópolis, a van que ainda está em atividade não está nas melhores condições de uso. Os veículos fazem o transporte de cerca de 70 alunos. Também foi reforçada a reclamação em relação às condições de higiene em que os alunos chegam na escola, por causa da falta de condições das vans.

Esta é a segunda denúncia referente ao transporte na Escola Municipal Frederico Peiró em menos de um mês. Esta semana, o transporte na Escola Municipal Sebastião Antônio Leal, no bairro rural da Baixa, também foi alvo de denúncias, pois os alunos estariam há uma semana sem frequentar as aulas por falta de transporte escolar.

O Jornal da Manhã entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação (Semed) e solicitou posicionamento sobre a situação. Segundo a pasta da educação municipal, a Semed tem ciência dos casos, razão pela qual, somente nesta semana, notificou duas vezes a empresa contratada para fazer o transporte escolar rural. "A Pasta ainda reitera que o pagamento à empresa está em dia, conforme contrato firmado em dezembro de 2019. Quanto às revisões, são de responsabilidade da contratada, sendo que as vistorias dos veículos são feitas pela Secretaria de Defesa Social. A Semed reforça que os prejuízos à carga horária e ao processo de ensino e aprendizagem dos alunos serão recompostos por meio do plano de atendimento", afirma.