Com a vitória de Dilma Rousseff (PT), aliados em Uberaba esperam continuidade dos investimentos do governo federal. O foco a partir de 2011 é a segunda etapa do PAC 2
Com a vitória de Dilma Rousseff (PT), aliados em Uberaba esperam continuidade dos investimentos do governo federal. O foco a partir de 2011 é a segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), na qual está prevista a planta de amônia e ureia para o município, uma das principais promessas da petista ao Triângulo Mineiro.
Em entrevista exclusiva à Rádio JM, o prefeito Anderson Adauto (PMDB) se diz confiante na manutenção dos programas e obras para a cidade. Ele lembra que Uberaba conquistou muitos recursos no PAC1 e apresentou diversas demandas no PAC2. “Demos entrada em todos os projetos que tínhamos direito. Estou positivo quanto ao governo dela”, declara.
Salientando que a presidente eleita como boa gerente e com capacidade para definir prioridades, AA analisa que Dilma encontrará condições mais favoráveis que o presidente Lula para exercer o governo, pois as costuras políticas garantiram maioria no Congresso. Entretanto, ele pondera que manter o relacionamento depende de articulação com os aliados na hora de formatar a equipe ministerial. “Ela tem que fazer a composição levando em conta essas forças que a apoiaram no primeiro e no segundo turno. Se ela conseguir e a turma ficar razoavelmente satisfeita – porque nunca aliados ficam totalmente satisfeitos com a partilha de poder –, ela vai ter tranquilidade para governar e fazer determinadas reformas que o Lula não conseguiu fazer, como a reforma política e a reforma tributária”, acrescenta.
Sobre a questão tributária, Anderson salienta que a União tem que abrir mão do poder para dar mais autonomia aos Estados e municípios na gestão de recursos. O prefeito espera que na reforma seja revista a isenção de impostos para exportação de minérios, que beneficiaria Minas e Pará.
Também firme na segurança de investimentos na região, o presidente do PT, Fábio Macciotti, não acredita em problemas para a composição do governo. O líder petista observa que a maioria dos partidos estava na base de apoio a Lula, sem grandes modificações no grupo. “Acho que o equilíbrio entre as legendas será muito tranquilo”, destaca.