OPERAÇÃO BRAHMAN

Apesar de indiciados por corrupção, servidores ainda não sofrem processo administrativo

Em entrevista à Rádio JM, a controladora geral do Município, Júnia Camargo, explicou que os primeiros processos foram instaurados com as informações preliminares da investigação

Gisele Barcelos
Publicado em 24/04/2023 às 21:26Atualizado em 25/04/2023 às 06:05
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Apesar de sete fiscais da Vigilância Sanitária municipal estarem sendo indiciados por corrupção no âmbito da Operação Brahman, apenas três servidores no momento respondem a processos administrativos disciplinares por suspeita de repassar informações a açougues denunciados de comércio irregular de carne.

Em entrevista à Rádio JM, a controladora geral do Município, Júnia Camargo, explicou que os primeiros processos foram instaurados com as informações preliminares da investigação da Polícia Civil no ano passado, mas a Prefeitura ainda não teve acesso ao conteúdo final do inquérito e não tem condições para investigar por conta própria o envolvimento de outros servidores no esquema.

Segundo a controller, a Prefeitura aguarda a finalização do inquérito policial e também acesso às provas reunidas pela Polícia Civil para dar andamento à apuração interna, com a abertura de processos contra os outros quatro servidores acusados de corrupção.

Ressaltando ainda não ter acesso ao conteúdo do inquérito, a controladora salientou que, dependendo das provas, os demais servidores podem ser afastados preventivamente para apuração e também podem responder a processo disciplinar que podem resultar em demissão ou outras penalidades.

Questionada, a controller manifestou as penalidades não preveem a devolução de salários aos cofres públicos em caso de constatação de conduta irregular dos servidores.

A Polícia Civil deflagrou, em julho do ano passado, operação para combater o comércio irregular de carnes na região, com o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão.

Os fiscais da Vigilância Sanitária são acusados de ter repassado a empresários informações sigilosas da operação contra o comércio de carne fruto de crime, na tentativa de atrapalhar as fiscalizações. A Polícia Civil também suspeita do recebimento indevido de dinheiro por parte de servidores municipais.  

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