“Lula apoiou o presidente do Chile também. O mesmo que praticava atos de tocar fogo em metrôs lá no Chile. Para onde está indo o nosso Chile?”. A fala de Jair Bolsonaro (PL) durante o primeiro debate de presidenciáveis, na noite de domingo (28), gerou insatisfação no governo chileno. Nesta segunda, o embaixador do Brasil em Santiago foi convocado para prestar esclarecimentos sobre o discurso.
Nos protocolos diplomáticos, convocar um embaixador para esclarecimentos é uma forma de sinalizar descontentamento.
A ministra das Relações Exteriores do Chile, Antonia Urrejola, rebateu Bolsonaro, na manhã desta segunda, desmentindo Bolsonaro. Ela afirmou que os chilenos estão convictos de que não é assim que se faz política, ainda mais quando se trata de dois chefes de Estado eleitos democraticamente, e que, mesmo com as diferenças ideológicas, deveria existir uma relação de respeito.
“São absolutamente falsas e lamentamos que em contexto eleitoral as relações bilaterais sejam aproveitadas e polarizadas por meio de desinformação com notícias falsas”, ressaltou Urrejola.