Enquanto líderes governistas e da bancada de oposição travam queda-de-braço na Assembleia Legislativa discutindo a operação contábil que pode “perdoar” dívida de cerca de R$ 700 milhões que o governo do Estado tem com o Ipsemg, uberabense decide pôr a “mão na massa”, propondo alternativas para melhorar o atendimento do instituto na cidade. A aposentada Catarina Evangelista Faria Leopoldino coordena a Câmara Regional do Conselho de Beneficiários do Ipsemg, criada em 2003. Em audiência em Belo Horizonte com a secretária de Planejamento do Estado, Renata Vilhena, e representantes do governo, entregou documento contendo, entre outras reivindicações, a ampliação do credenciamento de médicos em Uberaba. Atualmente, as especialidades de cardiologia, angiologia e mastologista têm apenas um profissional credenciado em cada área. Segundo a conselheira, alguns usuários se deslocam para Araxá e Uberlândia em busca de melhores condições de atendimento. O valor destinado às consultas é superior ao pago por muitos planos de saúde, de acordo com as afirmações de Catarina Leopoldino. Por cada consulta um médico recebe R$ 35, podendo atingir R$ 9 mil por mês. A conselheira também solicitou aos dirigentes do Ipsemg autonomia para liberar procedimentos de quimioterapia em caráter de urgência. Recente situação ocorrida com idosa provocou constrangimento para a família. A usuária se encontrava internada para realizar as sessões, sem, contudo, o instituto liberar o tratamento por questões burocráticas. Além dos hospitais São José e Dr. Hélio Angotti, únicos credenciados na cidade, a conselheira almeja ampliar o número de instituições hospitalares, dotando os segurados do Ipsemg de mais opções nos tratamentos médicos. A iniciativa de Uberaba, segundo a conselheira, teve boa aceitação com os dirigentes do instituto, que prometeram visitar a cidade para acompanhar as possíveis mudanças. Nova reunião foi agendada para maio, no intuito de traçar os primeiros passos. “Estou disposta em dotar o posto local da excelência em prestação de serviços”, finalizou a conselheira.