O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) decidiu arquivar uma denúncia que acusava o deputado estadual Lincoln Drumond (PL), natural de Coronel Fabriciano, de suposta prática de rachadinha salarial em seu gabinete. A Procuradoria entendeu que não havia indícios mínimos para abrir uma investigação formal. O arquivamento foi determinado no fim de setembro e passou a constar nos autos no último dia 9 de outubro.
A denúncia, feita de forma anônima em abril deste ano, chegou ao MPMG acompanhada de um vídeo que, segundo o autor, serviria como prova das irregularidades. No entanto, ao analisar o material, a promotoria concluiu que o conteúdo não permitia identificar com clareza os interlocutores nem comprovar a existência de qualquer esquema de devolução de salários.
Em sua manifestação, a promotora Daniza Maria Haye Biazevic destacou que a denúncia não apresentou documentos ou elementos probatórios que dessem credibilidade aos fatos narrados. O termo “rachadinha” é usado para descrever casos em que assessores são obrigados a devolver parte de seus salários ao parlamentar que os emprega.
Lincoln Drumond foi chamado a prestar esclarecimentos e, segundo o Ministério Público, apresentou documentos sobre a estrutura do gabinete e a rotina de trabalho dos assessores. A instituição também confirmou que os pagamentos são feitos diretamente pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em contas bancárias indicadas pelos próprios servidores.
Além disso, a promotoria descartou a denúncia sobre suposto superfaturamento em um contrato de locação de veículos ligado ao gabinete do parlamentar. Para o órgão, a acusação era genérica e sem elementos mínimos que justificassem a abertura de investigação.