POLÍTICA

Em sabatina, Bolsonaro se compromete a respeitar resultado da eleição

Letícia Marra
aleticiamarra@gmail.com
Publicado em 23/08/2022 às 10:36Atualizado em 18/12/2022 às 14:03
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Série de encontros com os candidatos à presidência da República, realizada pelo Jornal Nacional, da TV Globo, iniciou nesta segunda-feira (22), com Jair Bolsonaro (PL). No pleito pela reeleição, a entrevista abordou temas como economia, meio ambiente, política e educação, além de falas polêmicas durante a pandemia e desentendimentos com ministros.

Com um tom inquisitório, a conversa iniciou com William Bonner relembrando quando Bolsonaro proferiu xingamentos a ministros do Supremo Tribunal Federal. Rapidamente interrompido, o candidato disse que o âncora estava mentindo “Isso é fake news da sua parte”.

Entretanto, em vídeos compartilhados nas redes sociais, é possível ver o presidente, durante manifestação do dia 7 de setembro de 2021, chamando o ministro Alexandre de Moraes de "canalha". Antes de seguir com o diálogo, Bonner questionou se o presidenciável iria respeitar o resultado das eleições. “Serão respeitados os resultados das urnas, desde que as eleições sejam limpas e transparentes”, compromete Bolsonaro.

Nas redes sociais, ainda, outro momento que foi amplamente compartilhado é o trecho onde Jair é questionado sobre falas durante a pandemia, como simular uma pessoa com falta de ar. O candidato se limitou a responder que era somente “uma figura de linguagem”.

A sabatina seguiu com “quicadas” durante os demais temas. Perguntado sobre a economia, Bolsonaro afirmou que os números são fantásticos. “Dados de hoje mostram o Brasil com deflação, com inflação menor que Inglaterra e Estados Unidos. A taxa de desemprego tem caído“, disse o presidente, sem mencionar que a inflação dos preços dos alimentos continua alta e que 33 milhões de pessoas estão em situação de fome.

Ao falar sobre Meio Ambiente, foi confrontado sobre a falta de fiscalização de alertas do desmatamento, o desmonte de instituições que trabalham com o combate às devastações e o crescimento de índices negativos de preservação ambiental na Amazônia. Sobre os incêndios causados na Amazônia, afirmou que são os próprios ribeirinhos que o causam.

“Olha você tem que ver, pensar, que na Amazônia você tem quase 30 milhões de habitantes lá. Tem 30 milhões de brasileiros na Amazônia. Primeira preocupação é essa. Outra, qualquer propriedade lá tem que preservar 80% e pode e pode usufruir de 20%. Agora, quando se fala em Amazônia, por que não se fala também agora na França, que há mais de 30 dias está pegando fogo? A mesma coisa está pegando fogo na Espanha e Portugal. Califórnia pega fogo todo ano. No Brasil infelizmente não é diferente. Acontece. Grande parte disso aí, alguma parte disso aí é criminoso. Sei disso. Outra parte não é criminoso. É o ribeirinho que toca fogo ali na sua pequena propriedade”, respondeu.

Falando sobre política, especialmente sobre ser ou não do Centrão, JB abriu a resposta com “Você está me estimulando a ser um ditador”. No entendimento do presidente, Bonner estaria cobrando que o governo ignorasse a existência de mais de 300 parlamentares do bloco no Congresso.

“Se eu deixar de lado, vou fazer o quê? São 513 deputados e 300 pejorativamente chamados de Centrão”, disse Bolsonaro.

Ao abordar sobre Educação e a rotatividade de ministros, Jair disse que as pessoas se revelam quando chegam. “Acontece, igual um casamento muitas vezes”.

Nas redes sociais, foi possível ver comentários sobre “panelaço” em algumas cidades, de maneira ainda tímida. No twitter, durante a sabatina, termos como “Bolsonaro mentiroso”, “figura de linguagem”, “burro” e “criamos o pix” foram alguns dos termos que ficaram nos Trending Topics. Os internautas também sentiram falta de falar sobre o aumento dos alimentos e planos para o próximo mandato, caso seja reeleito.

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