O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou uma nota nesta terça-feira (1) sobre o encontro com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Segundo a Corte, a "visita institucional transcorreu em ambiente cordial e respeitoso, em que foi destacada a importância da paz e da harmonia para o bem do Brasil".
Bolsonaro conversou com a presidente do STF, Rosa Weber, e os ministros Gilmar Mendes, Luiz Fux, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Nunes Marques e André Mendonça. O ministro da Economia, Paulo Guedes, também participou do encontro.
Sobre a reunião com Bolsonaro, Fachin, inclusive, afirmou que “o presidente da República utilizou o verbo acabar no passado. Ele disse ‘acabou’. Portanto, olhar para a frente”.
Bolsonaro se dirigiu ao STF logo depois de fazer o seu primeiro pronunciamento, nesta terça, desde a derrota no segundo turno das eleições para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no domingo (30).
No discurso feito no Palácio da Alvorada, onde estava desde o início do dia, Bolsonaro não reconheceu abertamente o resultado das eleições e minimizou os bloqueios de estradas feitos por caminhoneiros, que não reconhecem a derrota do presidente.
Antes da chegada de Bolsonaro ao prédio do STF, no fim da tarde desta terça, a Corte publicou uma nota destacando um trecho do pronunciamento do chefe do Executivo.
“O Supremo Tribunal Federal consigna a importância do pronunciamento do Presidente da República em garantir o direito de ir e vir em relação aos bloqueios e, ao determinar o início da transição, reconhecer o resultado final das eleições.”
Mais cedo, Bolsonaro chegou a convidar os ministros do STF para uma reunião no Palácio do Alvorada. O objetivo inicial era que ele fizesse o pronunciamento só depois desse encontro, mas os ministros indicaram que só aceitariam se reunir com o presidente após ele se manifestar sobre sua derrota.