Anúncio de implantação fábrica de hidrogênio verde para Uberaba não sepultou articulações para retomada do projeto da planta de amônia no município. A informação é do ex-prefeito Anderson Adauto (PCdoB), que concedeu entrevista à Rádio JM e posicionou que somente a unidade verde não resolverá a demanda nacional do setor de fertilizantes.
AA posicionou, que a fábrica de hidrogênio verde não anula a planta de amônia. Segundo ele, os dois empreendimentos são, na verdade, complementares, porque o país é altamente dependente de importação de insumos. “Estamos falando da importação de insumos que o Brasil demanda hoje, 93%”, argumentou.
De acordo com o ex-prefeito, há demanda até para mais investimentos destinados à produção nacional de fertilizantes. “O Brasil precisa de mais cinco grandes fábricas de amônia e ureia. Mesmo assim, para ficar com dependência de importação na casa dos 40%. Então, quantas plantas mais tiverem serão compatíveis com a necessidade da produção agrícola brasileira”, acrescentou.
Sendo assim, Adauto salientou que um grupo de trabalho foi formado para atualizar o antigo projeto referente à fábrica de amônia em Uberaba e adaptações estão sendo feitas para tornar o negócio viável do ponto de vista econômico e financeiro para atrair investidores interessados em consolidar a implantação da unidade.
Em paralelo, o ex-prefeito adiantou, que estudos estão sendo feitos para viabilizar o aproveitamento do gás do pré-sal para atender a unidade. Os cálculos estão sendo feitos para verificar o investimento necessário para construir a estrutura dos dutos para trazer o gás dos poços de petróleo da costa a Uberaba, num trajeto de, aproximadamente, 200 quilômetros.