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Integrante do bloco parlamentar Independência, o vereador Celso Neto (PP) revelou que há interlocuções em andamento para a composição de uma chapa mista com integrantes dos dois grupos hoje existentes no Legislativo e criticou tentativas de interferência do governo Elisa Araújo (Solidariedade) na eleição da próxima Mesa Diretora da Câmara Municipal.
Em entrevista à Rádio JM, o parlamentar declarou que tem mantido conversas com vereadores que hoje fazem parte do grupo liderado por Ismar Marão (PSD) e há uma proposta de construção de uma chapa conjunta com representantes do bloco independente. “No meu modo de entender, tem bons nomes dos dois lados e temos que ter uma Mesa que seja respeitada e se faça respeitar”, manifestou.
No entanto, Celso argumentou que há informações de uma interferência do Executivo para tentar barrar a aproximação entre os dois grupos. Segundo ele, parte dos integrantes do grupo liderado por Marão teria até sido chamado para uma reunião na Prefeitura, na semana passada, para tratar sobre a situação. “Tivemos notícia de que já teve interferência com relação a um dos vereadores que está dialogando com nosso bloco para a composição da Mesa Diretora, mas a gente não tem como provar que isso aconteceu. Tem indícios que a Prefeitura está tentando interferir na composição da Mesa Diretora. É um tiro no pé do Executivo. Tem que respeitar a Câmara”, alfinetou.
Apesar disso, o vereador afirmou que continua sendo procurado por membros do outro grupo que estão interessados na formatação de uma chapa mista e a possibilidade ainda não é descartada. “O melhor caminho é que a gente possa estabelecer diálogo entre os dois grupos da Câmara Municipal, mas que não tenha interferência da Prefeitura”, disse.
No entanto, Celso defende que o Executivo respeite a independência entre os Poderes e deixe os vereadores discutirem abertamente o processo de eleição da Mesa Diretora para que a composição mista possa avançar.
Caso a Prefeitura continue tentando interferir diretamente na eleição da próxima Mesa, Celso adiantou que não haverá como fugir de uma disputa entre os dois grupos. “Onde tiver interferência direta da prefeita para escolher quem vai ser presidente da CMU, eu estarei do outro lado. Se essa interferência for feita para que eu seja candidato a presidente, eu recusarei e estarei do outro lado, porque Poder Legislativo tem que ser respeitado”, concluiu.