No ano passado, o Estado repassou a média de R$74 mil por mês para a unidade, mas o candidato Kalil foi evasivo ao tratar da possibilidade de aumentar o valor
Candidato ao governo de Minas, Alexandre Kalil, concedeu entrevista exclusiva à Rádio JM (Foto/Jairo Chagas)
Em visita a Uberaba ontem, o candidato ao Governo de Minas, Alexandre Kalil (PSD), criticou a gestão de Romeu Zema (Novo) pelo baixo valor repassado para a manutenção do Hospital Regional, mas foi evasivo ao tratar sobre a possibilidade de aumentar o valor para custeio do HR.
No ano passado, o governo mineiro realizou repasse de R$889,7 mil por ano para a manutenção do serviço, o que representaria pouco mais de R$74 mil por mês. O valor é bem inferior ao montante liberado mensalmente pela União, R$1,6 milhão, e também ao injetado pela Prefeitura, cerca de R$500 mil/mês. Porém, inicialmente, não houve sinalização de Zema de aumentar os repasses para o custeio do Hospital Regional.
Questionado, Kalil declarou em entrevista à Rádio JM que o Estado participar com apenas R$74 mil/mês para a manutenção do HR era uma situação descabida e disse que a gestão de Zema “perdeu a noção das coisas”.
Além disso, o candidato do PSD argumentou não entender por que a prefeita Elisa Araújo (Solidariedade) aceita que o município continue arcando com as despesas, sem o suporte do Estado, e alegou ser necessária uma cobrança mais efetiva da Prefeitura. “Temos que perguntar à prefeita por que ela apoia o governador”, alfinetou, citando a aproximação de Elisa ao concorrente.
Por outro lado, Kalil não foi claro sobre uma possível revisão no valor repassado pelo Estado, caso eleito. Ele posicionou que a Saúde é prioridade e apontou que aplicou além do mínimo constitucional no setor quando esteve à frente da Prefeitura de Belo Horizonte.
Entretanto, não houve compromisso do candidato do PSD quanto ao incremento da verba para o HR se for eleito. Ele apenas declarou que Brasília tem recursos disponíveis, mas é preciso ter bons projetos para conseguir liberar o dinheiro.
Educação. Na entrevista à Rádio JM, Kalil ainda se manifestou contrário ao projeto de municipalização de escolas apresentado pelo governo Zema. Ele considerou a proposta uma covardia e disse que a medida tenta ser empurrada principalmente às cidades pequenas.
Em Uberaba, é discutida desde o ano passado a municipalização de quatro escolas que atendem exclusivamente turmas do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental: Miguel Laterza, Grupo Brasil, Dom Eduardo e Fidélis Reis. Até o momento, ainda nada foi oficializado.