Presidente Lula durante cerimônia de posse do Conselho de Participação Social e de Lançamento do Processo de Elaboração do PPA Participativo (Foto/Reprodução/CNN)
Após receber um bilhete de uma estudante pedindo revogação do Novo Ensino Médio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (19) que o governo não vai revogar “sem ter nada para colocar no lugar”.
Declaração do presidente ocorreu durante cerimônia de posse do Conselho de Participação Social e de lançamento do processo de elaboração do PPA Participativo. O mandatário afirmou que a decisão de não revogar foi tomada ainda durante o governo de transição.
“Uma menina me entregou um papel para revogar o ensino médio. Não gosto de coisa atravessada entre nós. Nós tivemos uma comissão de transição que decidiu que a gente ia dar continuidade à política do ensino médio. Isso foi decidido na comissão de transição, que eu nem participei. Depois, começou uma discussão se a gente ia revogar ou não o ensino médio. Decidimos montar uma comissão com todas as entidades para discutir a melhor saída para a gente aperfeiçoar o ensino médio. É isso que vamos fazer: discutir com as entidades”
"Não é apenas revogar sem ter nada para colocar no lugar. É muito sério o que aconteceu com o ensino médio nesse país e, por isso, temos que tratar com a maior seriedade", pontuou.
No dia 4 de abril, o ministro da Educação, Camilo Santana, confirmou que o governo suspenderei o cronograma de implementação do Novo Ensino Médio. De acordo com Santana, a suspensão se deu, principalmente, em virtude das mudanças no Enem (Exame Nacional de Ensino Médio) que já aconteceriam em 2024.
O governo Lula vinha sendo pressionado por críticas de educadores, alunos e professores sobre o novo formato. Muitos pediram a “revogação”, ainda assim, o Executivo Federal decidiu pela suspensão.
No início do mês, durante Café da Manhã com jornalistas, Lula defendeu que o governo não iria revogar, mas sim “aperfeiçoar” a reforma do Ensino Médio.
Fonte: O Tempo