Militares querem votação da PEC 300

A possibilidade de a PEC 300 ser incluída na pauta de votação da próxima semana na Câmara dos Deputados está movimentando policiais militares de Uberaba. Anteontem, durante a inauguração da 76ª ExpoZebu, o segmento estampou faixas pedindo atenção à matéria na tentativa de provocar o debate com os pré-candidatos à Presidência da República Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), mas foi em vão, pois eles nada comentaram. A PEC, de autoria do deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), está em tramitação desde o fim do ano passado, visando à criação de piso salarial para a segurança pública com base no salário pago aos PMs do Distrito Federal.   Índices estabelecem a majoração de R$ 3.500 para iniciantes e R$ 7 mil destinados aos oficiais, reajuste anual corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Os benefícios seriam estendidos aos inativos, aposentados e pensionistas, incluindo os policiais civis. O projeto contempla duas datas para início da vigência: no ato da publicação ou 180 dias depois. A mobilização está em curso em todas as regiões de Minas, que detém a 14ª posição no ranking dos salários, com piso de R$ 2.041, incluindo o reajuste de 10% concedido pelo então governador Aécio Neves (PSDB). O Estado de Sergipe paga R$ 2,8 mil, enquanto o Rio de Janeiro, apenas R$ 900.   O cabo PM Álvaro Rodrigues Coelho, que preside a Associação de Cabos e Soldados de Minas Gerais e também integra o Comitê Nacional Pró-PEC 300, disse acreditar na formação de caravana com dois ônibus que irão se somar aos demais Estados na pressão ao plenário da Câmara Federal. A decisão sobre a inclusão da PEC 300 ou 446, como vem sendo chamada, na pauta de votação da próxima semana, segundo cabo Coelho, será divulgada amanhã.