O Ministério Público Federal (MPF) abriu um inquérito civil para apurar a suposta falta de transparência na Presidência da República sob a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Está na mira da investigação a recusa do governo em informar a quantidade de assessores que a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, tem à sua disposição, além do motivo para decreto de sigilo de 100 anos nas informações sobre a visita dos filhos de Lula ao Palácio do Planalto, que é a sede administrativa do governo.
O objetivo também é esclarecer detalhes sobre o uso do helicóptero presidencial, como por exemplo quem utiliza o veículo aéreo, a informações sobre os gastos com alimentação no Palácio da Alvorada, que é a residência oficial do presidente em Brasília.
Lula tem sido criticado em diversas situações por usar o recurso de sigilo, prática também adotada no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que, na época, era alvo de ataques pelos atuais integrantes da base governista.
O sigilo foi aplicado, por exemplo, à lista de passageiros que decolaram com o presidente de Brasília para a capital do Chile, Santiago, em agosto de 2024. Na ocasião, o avião presidencial parou por 10 minutos em São Paulo antes de seguir viagem, segundo reportagem da Folha de S. Paulo.
Enquanto isso, Janja começou, na última semana, a divulgar sua agenda de compromissos oficiais, após cobranças por mais transparência acerca dos eventos com sua participação. Como não é autoridade pública, ela não tem a obrigação legal de divulgar sua agenda, mas é cobrada por isso, já que participa de diversas reuniões do Poder Executivo.
Fonte: O Tempo