No reinício das sessões da Câmara Municipal, um projeto de autoria do prefeito Anderson Adauto (PMDB) tomou bomba no plenário. O parquímetro, destinado a instalar um sistema de estacionamento eletrônico nas avenidas centrais de Uberaba, foi rejeitado pela quase totalidade dos vereadores.
A proposta recebeu severas críticas da base aliada e da bancada de oposição. O vereador Tony Carlos (PMDB) argumentou que a autoria do projeto foi baseada em informações sobre a postura de uma parcela de jovens do Probem designados para a Área Azul. Segundo ele, os adolescentes “estariam colocando o dinheiro no bolso em vez de repassá-lo à coordenação do programa”.
Contudo, o peemedebista rechaçou a ideia de substituir os jovens por minipostes eletrônicos, cujo pagamento se daria em três modalidades. Por cartões previamente adquiridos, por meio de moedas ou cédulas inseridas nas estruturas. Pela proposta, o município ainda iria se eximir de pagar os danos causados nos veículos estacionados.
Contundência também na fala do vereador Almir Silva (PR), que foi guarda mirim quando o programa ainda se chamava Conbem (Conselho do Bem-Estar do Menor). “É uma invenção de moda que não traduz nenhum benefício para Uberaba”, analisou.
Marcelo Borjão (PMDB) criticou a ausência de representantes da Prefeitura no plenário da CMU para justificar a proposta. O líder de oposição, Itamar Ribeiro (DEM), tachou a criação do parquímetro como um “projeto de péssima qualidade para extorquir a sociedade uberabense”.
Único a votar em favor do estacionamento eletrônico foi o líder do prefeito, Cléber Cabeludo (PMDB). Argumentou que o sistema seria implantado em caráter experimental em apenas um ponto, visando a aferir a aceitação da comunidade ao sistema.