Pré-candidatos não recuam da disputa à Assembleia Legislativa de Minas, apesar de declaração do prefeito Anderson Adauto (PMDB) para desestimular a pulverização de nomes da base aliada. O grupo defende estar com campanha em andamento nas cidades da região, fator colocado por AA como determinante para as candidaturas.
Para o vereador Tony Carlos (PMDB), a colocação de seu nome é legítima, considerando a expressão do partido na política nacional. Ele salienta permanecer na ala governista e respeitar a posição do prefeito, porém se recusa a voltar atrás quanto à candidatura a deputado estadual. “Em vez de mim, por que o Zé Luiz [Alves] não desiste? Não abrirei mão em detrimento de outros”, disse.
Tony destaca estar preparado para a eleição, pois acumula 21 anos de vereança e também suporte na região. “Eu tenho a bandeira da emancipação do Triângulo. Com isso tenho espaço para disputar voto em outras cidades. Não seria tolo de estar só aqui, como aconteceu na última eleição”, argumenta.
Outro firme em lançar campanha para deputado estadual é o vereador Almir Silva (PR). De acordo com ele, o prefeito é livre para manifestar opinião, mas no momento o plano de disputar a eleição permanece. Almir afirma estar em sintonia com as lideranças do partido e com o candidato à reeleição na Câmara Federal, Aelton Freitas (PR), para consolidar a dobradinha.
Ressaltando a necessidade de votos fora da cidade, o vereador alega ter alcance em 140 cidades do entorno devido à carreira como radialista. “Engana-se quem pensa que não tenho votos na região”, desafia, mas sem negar a possibilidade de entrar em consenso com a base aliada: “Se o prefeito me chamar para conversar, eu vou. Faço parte de um grupo”.
Já Lerin (PSB) tem discurso pacificador. Em concordância com a necessidade de reduzir o número de candidaturas na ala governista, ele defende a análise das pesquisas eleitorais para determinar quais nomes serão lançados nesta eleição. O vereador não elimina a chance de desistir, se for o melhor para o desempenho de Uberaba nas urnas. “Hoje existem 28 partidos constituídos aqui. Se cada um lançar candidato, não só Uberaba, mas a região não vai eleger ninguém. Caso as pesquisas mostrarem que não tenho chance de ser eleito, eu saio para beneficiar a cidade”, pondera, lembrando que já trabalha em 70 cidades da região para ampliar o eleitorado.