Depois de convite do PMDB de Minas, o prefeito Anderson Adauto admite possibilidade de candidatura. AA negava até então qualquer interesse em deixar a Prefeitura este ano
Depois de convite do PMDB de Minas, o prefeito Anderson Adauto admite possibilidade de candidatura. AA negava até então qualquer interesse em deixar a Prefeitura este ano, mas agora disse estar dividido entre ficar no governo municipal ou alçar voos maiores. Anderson estará em Brasília na segunda-feira (29) e discutirá a estratégia com aliados políticos. “Tenho até quarta-feira para tomar uma decisão. Peço um pouco mais de paciência”, disse.
O prefeito coloca ter ainda prioridades no comando da cidade, a exemplo das melhorias na rede pública de saúde e a consolidação da planta de amônia e ureia, e teme que a saída impossibilite o cumprimento dos projetos, por causa da acomodação da equipe. No entanto, ele declara que deseja participar do jogo político nacional e estadual. “Eu não sou dois, sou só um. Estou indeciso. Segunda, vou a Brasília ter conversa com mais algumas pessoas”, afirma.
Questionado sobre o posto a ser disputado, AA afirma não saber. Entretanto, descarta a chance de ser vice de Hélio Costa na chapa a governador, pois defende que o ministro já tem força suficiente no Triângulo Mineiro. Em relação ao Senado, o prefeito afirma em tom de brincadeira que José Alencar (PRB) deveria ter como suplente o próprio filho, pois este seria o único a desejar que ele cumpra o mandato até o fim.
Restam então a disputa por vaga na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, à qual o prefeito já manifestou apoio para o aliado José Luiz Alves (PSL), e a mais viável, a Câmara Federal. Nos bastidores, acredita-se que a candidatura seria um passo para a entrada como secretário estadual, em caso da vitória de Hélio Costa (PMDB) no Governo de Minas. “Para participar tem que estar fora, tenho que me desincompatibilizar. Vou conversar com o PMDB e ver se as coisas avançam um pouco mais ao quadro de composição com o PT”, desconversa.
Estratégia utilizada agora foi semelhante à história da eleição de 2008. Na época, o prefeito descartou ser candidato à reeleição, mas mudou de ideia na última hora e lançou a campanha, em detrimento de outros prefeitáveis da base aliada como João Franco, José Eduardo Rodrigues da Cunha e Ricardo Saud. A decisão culminou inclusive no rompimento com Saud e a debandada do PP para a oposição.