Participação de funcionários comissionados em campanha dos aliados ao governo municipal é alvo de nova polêmica. Além do desvio de servidores em horário de serviço para trabalho político, denúncias dão conta de pessoas pressionadas para apoiar as candidaturas para manter o cargo. A assessoria de imprensa da PMU desmente em nota oficial qualquer tipo de ameaça para adesão à campanha.
Conforme o servidor público municipal C.E.O., vários colegas de trabalho já relataram ser forçados a participar das campanhas. Ele cita, por exemplo, casos envolvendo professores da escola municipal Marcus Cherém e no Programa Saúde da Família (PSF) do bairro Beija-Flor/Morumbi. Segundo o denunciante, os contratados foram coagidos e intimados sob pena de ficar sem o emprego.
A reportagem tentou contato com a gerente do PSF no Beija-Flor/Morumbi por telefone. A gestora disse não haver problemas na unidade, mas desconversou ao ser questionada se os funcionários aderiram voluntariamente às ações realizadas e não respondeu.
Por meio de nota oficial, assessoria de imprensa da PMU argumenta que os detentores de cargos comissionados são, em sua maioria, identificados com o posicionamento político do grupo à frente da administração municipal. Por isto, estão inseridos de forma voluntária nas campanhas dos candidatos alinhados com a base partidária do governo. Conforme a nota, os convites são feitos a todos, mas a decisão de aderir ou não cabe a cada funcionário, sem qualquer pressão.
O texto também posiciona que todos os ocupantes de cargos de chefias integrados às campanhas eleitorais já foram e continuam sendo orientados quanto às limitações legais e o respeito à liberdade de cada um.