Com problemas na tecnologia usada pela responsável pelo benefício aos servidores municipais, a BK Bank tenta solucionar os problemas, mas a PMU deve notificá-la
Secretária Municipal de Administração diz que evita, por enquanto, medida mais radical, como rescisão de contrato, pois geraria ainda mais transtornos aos servidores. Foto/Jairo Chagas
Prefeitura de Uberaba ainda tenta solucionar questões envolvendo BK Bank – nova operadora do tíquete-alimentação dos servidores públicos municipais. No entanto, a empresa já está sendo notificada oficialmente pela Secretaria de Administração. Desde o início das operações, vários problemas são constatados na utilização dos cartões pelo funcionalismo.
Segundo a titular da pasta, Eclair Gonçalves Gomes, houve o processo de licitação, mas, devido à modalidade, a empresa que detinha o contrato, a ValeCard, foi uma das últimas colocadas, e a Sodexo, que também já prestou serviços para o município, não participou do certame.
Vencedora, a BK Bank é uma empresa nova no mercado e, segundo a secretária, está encontrando dificuldades, principalmente na operação do sistema informatizado.
Conforme esclarece, muitos cartões não estão compatíveis com as máquinas dos estabelecimentos comerciais e, em outras situações, não há tecnologia para trabalhar com o cartão.
“Infelizmente, problemas que envolvem tecnologia e sistema, são externos”, diz a secretária.
No entanto, ela diz que a pasta busca soluções junto à empresa para enfrentar estes transtornos, sendo que em muitas situações os representantes estão vindo à cidade para tentar resolvê-las. “Estamos notificando por garantia, mas não queremos tomar uma decisão para gerar transtornos ainda maiores”, comenta.
Eclair Gonçalves diz ainda que, caso os problemas não sejam sanados, a BK Bank pode até ter o contrato rescindido. “A empresa pode ser retirada para chamarmos a segunda colocada, mas nós não gostaríamos que isso ocorresse”, afirma. Isso porque terá de dar início a um novo processo de confecção e distribuição de cartões, credenciamento de estabelecimentos e verificação de funcionalidade e operacionalização pela outra empresa.
A secretária lembra que a pasta tinha como preocupação realizar a entrega dos dez mil cartões alimentações – o que ocorreu tranquilamente, sendo que apenas 200 cartões inda não foram retirados por servidores. “Provavelmente de pessoas que não precisam do benefício”, avalia.
Diante de algumas informações de que estabelecimentos estariam cobrando juros em cima do valor das compras, Eclair Gonçalves recomenda que sejam acionados os órgãos de defesa do consumidor. “O preço não pode ser diferenciado, ou seja, o preço da compra não pode ser majorado por conta de ser pago com o cartão alimentação”, finaliza.