Proposta do líder governista Cléber Cabeludo (PMDB) em reduzir de dois para um ano o mandato do próximo presidente do Legislativo causou ontem um acirrado bate-boca
Proposta do líder governista Cléber Cabeludo (PMDB) em reduzir de dois para um ano o mandato do próximo presidente do Legislativo causou ontem um acirrado bate-boca e confusão no plenário da Câmara.
Colocada na semana passada em tramitação, a proposta de alteração à Lei Orgânica do Município teve pedido de inclusão na pauta de votação, ontem, por Cléber. O presidente Lourival dos Santos (PCdoB) recusou o pedido, alegando que o texto ainda estava sob análise jurídica.
O vereador Marcelo Machado Borges (PMDB), signatário da matéria com José Severino (PT), Afrânio Lara (PP) e Jorge Ferreira, ficou bastante alterado. Afirmou que o presidente estava segurando o projeto e exigiu que o Departamento Jurídico o encaminhasse ao plenário. Borjão chegou inclusive a externar que parecia ter “algo” por trás da resistência.
O líder governista se levantou da cadeira, dizendo que só voltaria se o projeto fosse incluído na pauta. Para pôr fim à discussão, a Mesa Diretora cedeu, solicitando a inclusão do projeto, último discutido na sessão ordinária ontem.
Cada vereador, inclusive os cinco candidatos à sucessão de Lourival dos Santos, se manifestou. Apenas Luiz Dutra (PDT) foi contrário à modificação.
Por se tratar de alteração na Lei Orgânica, eram necessários 10 votos para aprovação. Apenas oito vereadores votaram favoráveis, gerando, portanto, a rejeição da matéria.
Jorge Ferreira, que assinou a propositura, se absteve de votar, gerando posteriormente críticas de Cléber Cabeludo. O presidente Lourival dos Santos e os vereadores Carlos Godoy (PTB), João Gilberto Ripposati (PSDB), Luiz Dutra (PDT) e Antônio Lerin (PSB) votaram contrários à alteração.
O líder governista, em entrevista ao Jornal da Manhã, afirmou não ter ficado frustrado com a rejeição. Ratificou sua intenção em proporcionar rotatividade entre os colegas no comando do Legislativo. Cléber Cabeludo disse que pretende reapresentar sua sugestão quando a Casa estiver discutindo as regras para a próxima Legislatura.