Com a intensa movimentação política de pré-candidatos em busca de apoio nas eleições deste ano, líderes religiosos alertam seus segmentos no município para a importância do voto consciente. Dom Aluísio Roque Oppermann, arcebispo metropolitano de Uberaba, afirmou à reportagem que a Igreja Católica em anos eleitorais nomeia comissão especial encarregada de elaborar textos para orientar os fiéis. O principal argumento é observar a trajetória política dos candidatos verificando o envolvimento em casos de corrupção e práticas criminosas. Situações rechaçadas pela Igreja Católica cujo empenho junto à Câmara Federal resultou na elaboração do Projeto Ficha Limpa ora em discussão. A finalidade é barrar os postulantes condenados em primeira instância, os denunciados por tribunais bem como os que respondem a processos judiciais. O arcebispo prioriza em sua reflexão junto aos católicos a análise crítica no programa proposto pelo candidato. Segundo Dom Roque, é salutar que as propostas estejam em consonância com os valores humanos e o bem-estar do próximo. Em Uberaba, existem mais de mil grupos de reflexão responsáveis por reuniões semanais nas residências católicas. “Não indicamos em quem votar, apenas convidamos o povo a refletir. Queremos fazer o possível para promover uma eleição ideal”, finalizou. Uma das representantes do Candomblé, Marlene Trindade Araújo diz respeitar a opinião dos adeptos chamados “filhos de santo” não os influenciando em quem votar. Entretanto, os alerta a observar se a proposta do candidato está condizente com as necessidades e prioridades da comunidade. Postura compartilhada pela vice-presidente da Aliança Municipal Espírita, Sônia Barsante. Ela afirma que a doutrina espírita não promove nenhuma recomendação partidária e nem potencializa votos para nenhum candidato. “O voto é pessoal. Cabe ao eleitor decidir com consciência e honestidade aferindo se as propostas não representam o mal para o Brasil ou são contrárias às leis de Deus”, analisou. Já o segmento evangélico está discutindo o assunto buscando consenso em torno de um candidato único. Afirmação é do presbítero da Assembleia de Deus, Samuel Pereira, também vereador. Ele argumenta ser proposta para este ano, que os evangélicos votem em candidatos a deputado estadual ou federal pertencentes à religião. Uberaba não detém postulantes desta expressão de fé. Para evitar a migração de votos para candidatos de outras cidades, dos adeptos mais convictos, Samuel Pereira diz estar conduzindo o assunto para apontar um nome de consenso.