Gasoduto e duplicação da BR-262 estão entre as propostas de governo do presidenciável José Serra (PSDB). Em entrevista à Rádio JM ontem, o tucano afirmou o compromisso na consolidação dos projetos se eleito e ainda aproveitou para tecer críticas ao governo Lula na área da Saúde. Serra afirma que o Triângulo Mineiro é a mais importante região econômica do Estado e está entre as áreas mais desenvolvidas do Brasil. Por isso, ele considera fundamental a concretização do gasoduto e da rodovia duplicada até Belo Horizonte para a economia continuar crescendo. Em relação ao duto, o presidenciável declara que o Governo de Minas já garantiu a execução do ramal de São Carlos (SP) até Uberaba e agora resta apenas a Petrobras embarcar no projeto também. “Isso vai permitir inclusive a industrialização de fertilizantes e será elemento de impulso para desenvolvimento da região e do país, uma vez que a gente ainda é muito dependente de importações nessa matéria”, pondera. O pré-candidato salienta ainda a importância da duplicação total da BR-262, de BH ao Triângulo. Segundo ele, esse deve ser um investimento federal porque uma região próspera precisa de uma ligação fácil, rápida e segura com a capital. “Até agora, de mais de 400 quilômetros, só fizeram 100 quilômetros. Faltam 354 ainda em pista simples. Isso é crucial. É uma das coisas mais importantes do plano de investimento público”, alfineta. Ainda no embate com o governo, Serra extravasou as críticas em relação à Saúde. Para ele, o governo federal eliminou os mutirões de cirurgia de catarata, câncer do colo do útero e outros realizados quando estava à frente do Ministério da Saúde, o que representou perdas na rede pública. Além disso, o tucano colocou a demora para marcação de consultas pelo SUS. Como solução, o presidenciável defende a construção de grandes centros de especialidades médicas, similares aos criados em São Paulo. De acordo com ele, essas unidades também supririam a demanda por exames laboratoriais, radiológicos e de imagem. A colocação, porém, gerou protestos de ouvintes, manifestando a precariedade da Saúde no Estado de SP até hoje.