Servidores do setor de ambulância da Prefeitura de Uberaba exonerados na última sexta-feira denunciaram ontem, durante sessão plenária do Legislativo, ter sido vítimas de retaliação.
Sandro Giovani Ferreira, Daniel Nunes e Tiago Batista dos Santos foram demitidos e Marcelo Campos disse que foi colocado à disposição e deverá ser transferido para outro setor. Eles alegam ser vítimas de retaliação porque no mês passado entregaram documento à Câmara de Vereadores com uma série de denúncias sobre a precariedade do setor de ambulância.
O vereador Marcelo Machado Borges (PMDB) disse que o caso tem que ser apurado. “Uma situação dessas não deve acontecer nunca! É absurda! Não se demite alguém por discordar de um posicionamento”, destacou.
Para evitar interpretações equivocadas, o vereador João Gilberto Ripposati (PSDB) disse que sua visita ao Samu, juntamente com o vereador Itamar Ribeiro de Rezende (DEM), foi de cordialidade e que o trabalho verificado é de alto nível e demonstrou solidariedade aos servidores. “Como vereador, temos o dever de fiscalizar, mas, durante a visita cordial que fiz ao Samu, apenas discutimos o funcionamento e o tipo de serviço prestado. Mesmo que fosse uma fiscalização, este é nosso dever e nem por isso, se os servidores daquele local fizessem uma reclamação, eles poderiam ser demitidos”, salientou Ripposati.
Após a sessão ordinária, o vereador Cléber Cabeludo (PMDB), juntamente com os colegas parlamentares, se reuniu com os servidores e garantiu a apuração do fato. Vale ressaltar que as denúncias dos servidores foram encaminhadas também ao Ministério Público, segundo informação dos mesmos.
Os vereadores decidiram agendar reunião com o secretário municipal de Saúde, Valdemar Hial, para discutir a questão, mas a data do encontro ainda não foi definida.
A reportagem do Jornal da Manhã entrou em contato com o coordenador do setor, João Chagas, e ele informou que quem poderia dar informações seria Gilberto Magnino, mas seu celular estava desligado.