Vereador busca recursos para implantar ambulância e “táxi da saúde” em Uberaba

O vereador Cleber Júnior (PRD) retomou a discussão sobre um projeto que marcou o início de seu mandato: a implantação de uma ambulância para atendimento em Uberaba. A proposta, que precisou ser ajustada devido à complexidade do serviço e ao alto custo de manutenção, não previstos inicialmente, segue em andamento em duas frentes, sendo elas a aquisição de uma ambulância de categoria A e a criação de um serviço semelhante a um “táxi da saúde”. 

De acordo com Cleber Júnior, que além de vereador é advogado, a proposta inicial envolvia ambulâncias de categorias D e E, destinadas a atendimentos de alta complexidade. Esses veículos, equipados para situações críticas, chegam a custar mais de R$ 600 mil cada, além da necessidade de uma equipe completa de profissionais, incluindo motorista, socorrista, técnico de enfermagem e médico plantonista. “Não é simplesmente adquirir uma ambulância. Dependendo da classificação, ela exige uma estrutura robusta e de manutenção constante, o que inviabiliza a operação sem aporte financeiro significativo”, observou. 

Para viabilizar o projeto, a alternativa encontrada foi a criação de uma associação sem fins lucrativos, capaz de receber recursos de emendas parlamentares para a implantação e gestão do serviço. “Quando o dinheiro vai direto para a Prefeitura, muitas vezes fica parado. A ideia é criar uma associação que possa administrar e inserir o veículo dentro do sistema de regulação, atendendo às demandas do município sem ficar presa à burocracia”, explicou o vereador. 

Além da ambulância de categoria A, destinada a pacientes com condições estáveis, que não apresentam risco de vida iminente, o projeto prevê a criação de um “táxi da saúde” em Uberaba, serviço voltado ao transporte de pacientes para consultas e tratamentos regulares. “Hoje, muitas vezes o próprio SAMU é usado para esse tipo de deslocamento, o que sobrecarrega o serviço de emergência. Com esse apoio, daríamos mais agilidade e eficiência ao atendimento”, comentou. 

Para evitar o uso indevido do serviço, a ideia é criar um cadastro de usuários, no qual os pacientes precisarão comprovar renda e situação social para garantir que o serviço atenda quem realmente precisa. “Muitas famílias não têm condições de pagar sequer o transporte até a unidade de saúde. Esse serviço seria uma forma de garantir dignidade e acesso à saúde”, acrescentou. 

O parlamentar afirma já ter buscado apoio em reuniões realizadas com a da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e em Belo Horizonte com deputados estaduais e federais. “Estamos avançando devagar, mas com respaldo de parlamentares que demonstraram interesse em contribuir. É um projeto que exige paciência, por ser muito burocrático, mas que pode trazer grande benefício para a população e não vou desistir”, concluiu.