Termo de Compromisso enviado pela administração municipal por meio do secretário de Governo à Câmara fez vereadores voltarem atrás, mantendo veto do prefeito Anderson Adauto (PMDB) ao projeto que proíbe instalação de radares móveis na cidade.
Este foi o principal assunto durante a sessão ordinária realizada ontem no plenário do Legislativo. Ao contrário do que a maioria dos vereadores havia adiantado, o veto não foi derrubado. Apenas os vereadores Itamar Ribeiro de Rezende (DEM), Antônio dos Reis Gonçalves Lerin (PSB) e o autor da proposta, Tony Carlos (PMDB), votaram contra o veto. “Se o prefeito se compromete em não instalar radares, por que vetar o projeto? Teríamos, sim, que derrubar o veto, como garantia de que os radares não serão instalados”, alertou o vereador Tony.
O documento assinado pelo secretário municipal de Governo, Antônio Sebastião de Oliveira, foi entregue ao líder do prefeito, Cléber Cabeludo (PMDB), no meio da sessão. De acordo com o documento, o prefeito se compromete perante a Câmara Municipal de que não será utilizada a modalidade de radar móvel na cidade de Uberaba no decorrer de seu mandato como prefeito.
A estratégia da administração municipal para evitar a derrubada do veto causou indignação no vereador Tony Carlos. Para ele, o termo de compromisso não é instrumento jurídico com validade. “O povo não quer radar móvel na cidade”, lembrou o vereador.
Apesar de sua defesa, a maioria dos colegas optou por dar um “voto de confiança” ao prefeito. Já o vereador Jorge Ferreira (PMN) preferiu se abster do voto, mas o veto acabou sendo mantido por dez votos favoráveis.