SAÚDE

Alzheimer permite vida normal

Publicado em 19/09/2009 às 22:59Atualizado em 17/12/2022 às 05:20
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No dia 21, comemora-se o Dia Mundial de Alzheimer, criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1994, como alerta para orientação sobre a doença no mundo. Segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer, esse é um mal que atinge, em média, 1,2 milhão de pessoas acima dos 65 anos. Estudos recentes mostram que o número tende a dobrar a cada cinco anos. A perspectiva é de que, até 2025, o país seja o sexto maior do mundo em número de idosos, quando os fatos recentes tendem a desaparecer da mente da população sexagenária mais vulnerável às doenças degenerativas, como a de Alzheimer. Estima-se que a prevalência da doença de Alzheimer se aproxime de 80% próximo aos 90 anos. Segundo a gerontóloga Sumaya Figueiredo, a demência é um conjunto de alterações que acontecem no cérebro e que modificam as nossas capacidades cognitivas, sendo a doença de Alzheimer a mais comum delas. São três os estágios da doença e cada um tem seus sintomas mais característicos. “Nos estágios iniciais, há dificuldade de raciocínio, de resolver problemas do dia-a-dia, tomar decisões como administrar questões financeiras ou da casa. Há uma desorientação temporal, quando a pessoa esquece dia, ano, e a espacial, pois ela se perde mesmo na cidade onde sempre morou. Ocorrem perdas da habilidade matemática e cálculos, dificuldade de linguagem, esquecendo nomes de pessoas próximas, mas também alterações de comportamento, quando a pessoa se torna mais agitada, chegando até a ter delírios”, explica.   Rotina. Por isso, esses sintomas interferem nas atividades ocupacionais rotineiras, seja do homem ou da mulher; nos relacionamentos e na produção no dia-a-dia. O doente tem dificuldade de planejamento e, consequentemente, se atrapalha na execução das tarefas. O Alzheimer é uma doença degenerativa, cujas causas ainda são desconhecidas da ciência médica. Acredita-se que seja genética e por isso o tratamento é feito de duas formas: o farmacológico – via médico através da análise clínica —, juntamente com a atividade com terapias ocupacionais e neurológicas. “Quando a medicação é oferecida junto com o treino cognitivo, há como frear a evolução da doença e adiar os estágios da doença, melhorando o funcionamento da pessoa. Ela se torna independente por mais tempo, pois consegue estratégias de controle das próprias dificuldades”, explica. Para Sumaya Figueiredo, a pessoa que cuida de quem sofre de Alzheimer precisa levar a vida normalmente. “É importante lembrar que o problema começa com pequenos esquecimentos, acontecendo gradualmente, até que isso começa a comprometer a vida da pessoa e dos familiares ou cuidadores. É fundamental que a família e o cuidador não se esqueçam da sua própria saúde, até porque, se estes não estiverem bem não podem dar qualidade de vida ao doente”, completa a gerontóloga.

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