Embora os exames com auxílio de imagens tenham crescido 38% entre 2000 e 2005, a disponibilidade de equipamentos que utilizam imagens para identificar doenças no sistema público de saúde está no limite das recomendações do próprio Ministério da Saúde.
Com exceção do mamó-grafo, quando não há escassez, como ocorre com aparelhos de raio X para densitometria, a quantidade de equipamentos por habitantes apresenta “uma pequena sobra”. A constatação é de pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com indicadores sociodemográficos e de saúde.
Segundo o levantamento, existem no país 4,9 unidades de tomografia computado-rizada por um milhão de habitantes. A relação está abaixo da oferta dos planos de saúde (30,8 por 1 milhão) e da média verificada em estudo com 16 países, de várias regiões, avaliados pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
No Brasil, a disponibilidade de aparelhos de ressonância magnética (1 para cada milhão de habitante) também está distante do ideal. A média dos países pesquisados pela OCDE é de 6,6 aparelhos para cada grupo de um milhão de pessoas e, na rede privada, essa relação é de 10,7 para cada milhão.
De acordo com o levantamento, a distribuição dos equipamentos também esbarra em desigualdades regionais. Embora conte com equipamentos mais novos, as regiões Norte e Nordeste são as mais carentes. O percentual de tomógrafos nessas regiões (0,5 e 0,6 por um milhão) é a metade da proporção nas regiões Sul e Sudeste.