ATENÇÃO, HOMENS!

Se não tratado, câncer de pênis pode levar à amputação e até à morte; veja como prevenir

Larissa Prata
Publicado em 08/02/2025 às 17:38
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Em estágios avançados, é necessária a amputação do órgão genital, até para devolver a qualidade de vida ao paciente, é o que diz o urologista Sólon Quintão. (Foto/Divulgação)

Em estágios avançados, é necessária a amputação do órgão genital, até para devolver a qualidade de vida ao paciente, é o que diz o urologista Sólon Quintão. (Foto/Divulgação)

Embora raro, casos de câncer de pênis têm chamado a atenção da Sociedade Brasileira de Urologia pelo aumento de sua incidência recentemente. Sua incidência é maior em homens com mais de 50 anos e ele está diretamente associado à má higiene. Em entrevista à Rádio JM, o médico urologista Sólon Quintão alerta que o câncer de pênis tem cura, desde que seja identificado nos estágios iniciais. Contudo, muitas vezes por vergonha, os pacientes buscam ajuda quando o estágio já está avançado.

“Os sintomas são muito simples. Normalmente são lesões no órgão genital, que podem ser secreções, algumas com odor mais forte. São lesões que não desaparecem nem melhoram com o tempo. Pode ocorrer também mudança na cor da pele do pênis. E normalmente essas lesões são dolorosas. O paciente, muitas vezes, chega ao consultório não por estar preocupado com as lesões, por causa da vergonha, mas quando essas lesões estão mais profundas e avançadas devido ao quadro álgico. Ou seja, ele procura o médico por causa da dor”, explica Sólon, acrescentando que, nesses casos, há controle, mas não cura.

O câncer de pênis está diretamente associado a três fatores principais: má higiene, a falta de circuncisão e o HPV. “As medidas que a gente pode implementar para evitar o tumor e o tratamento, quando identificado inicialmente, gera pouca repercussão no paciente. São medidas de higiene, a cirurgia de fimose e a vacinação contra o HPV, que é Papilomavírus humano, que é o principal agente etiológico associado ao desenvolvimento do câncer de pênis”, adverte o urologista.

Sólon Quintão ainda faz um importante alerta. Em estágios avançados, é necessária a amputação do órgão genital, até para devolver a qualidade de vida ao paciente. Nos últimos dez anos, foram cerca de seis mil amputações de pênis no país. Em Uberaba, ao menos três aconteceram nos últimos três anos.

A amputação normalmente é associada à metástase. “O órgão é removido para diminuir a evolução da doença que, nos seus estágios mais avançados, diminui muito a qualidade de vida do paciente. Porque ela gera lesões muito grandes, com alto índice de infecção. Se não tratada, em pouco tempo o paciente evolui para o óbito. Isso porque o tumor sobe ao sistema inguinal e isso evolui de forma que o paciente não consegue viver. Ao passo que a amputação afeta mais a questão sexual, mas o paciente vive”, pondera o especialista. Importa ressaltar, ainda, que é preservado o controle urinário, já que a intervenção cirúrgica possibilita que a uretra seja exposta em região entre o períneo e o ânus.

Vacinação. O principal fator associado ao câncer de pênis é o HPV, cuja vacinação está disponível pelo SUS e faz parte do calendário vacinal obrigatório. “A vacina tetravalente deve ser aplicada em meninos e meninas de 9 a 14 anos e imunossuprimidos até os 45 anos. Isso é oferecido de graça pelo SUS. Porque o HPV é também associado às mulheres ao câncer de colo de útero, que é muito agressivo. Essa vacina que o SUS dá cobre quatro tipos de HPV, incluídos os dois principais associados ao desenvolvimento de câncer. Na rede privada tem a nonavalente, que inclui outros subtipos associados a outras afecções, como verrugas”, finaliza o urologista Sólon Quintão.

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