A chuva de sexta-feira (12) já ficou no passado, mas os resquícios da destruição ainda permanecem na cidade e também em automóveis que sofreram com o impacto da tempestade.
Se por um lado alguns lamentam prejuízos, outros comemoram os lucros. Oficinas especializadas em funilaria e pintura contabilizam aumento de até 100 % no fluxo de clientes.
Para o gerente de uma oficina localizada a avenida Nelson Freire, no bairro Leblon, André Barbosa, a ocasião se tornou em período vantajoso para a empresa, que não tem estrutura e funcionários para atender à demanda atual.
Segundo André, a grande procura pelo serviço forma filas nas oficinas, mas o maior problema enfrentado pelas equipes se resume na pressa dos clientes.
“Muitos não têm paciência e querem o serviço na hora, mas isso depende muito de cada caso, pode gastar uma semana, como pode se levar um mês para concluir um reparo”, ponderou.
Para quem teve o automóvel danificado pelo granizo e conta com cobertura de alguma seguradora, o valor a ser desembolsado pode variar de R$ 800, 00 até R$ 1.500,00.
O gerente ainda revelou que como a empresa não oferece a técnica martelinho de ouro, teve de terceirizar o serviço para atender todos os pedidos.
A expectativa de quem atua na área é que o movimento volte à normalidade só depois de janeiro de 2011.
Oportunidade. De olho nas possibilidades do mercado, um grupo de profissionais que atua há 10 anos com reparação de veículos danificados, utilizando a técnica do martelinho de ouro, realiza uma espécie de mapa do granizo.
O funileiro Marcelo Ribeiro, natural de Passos, contou que o grupo ficou sabendo da forte chuva que ocorreu em Uberaba e decidiu vir até o município para trabalhar. Ele explicou que a técnica de funilaria artesanal que recupera amassados e mantém a pintura original é difícil de ser executada e exige calma, por isso há um déficit de profissionais no mercado.
Parece que a ideia tem dado certo, e Marcelo revela fazer orçamento de até 30 carros por dia, cobrando cerca de R$ 1.000,00 pelo serviço. “A gente acaba viajando o país inteiro para trabalhar, bom para ganhar um dinheiro extra, mas ruim por causa da falta que a família faz”, conclui.
A previsão da equipe de Passos é permanecer na cidade por mais 4 meses.