O tempo de combate e de rescaldo também depende da dimensão do incêndio (Foto/Reprodução)
O combate a incêndios em Uberaba exige grande volume de recursos e esforço das equipes do Corpo de Bombeiros. Segundo o Tenente BM Queiroz, o consumo de água varia conforme o tipo de incêndio, a intensidade das chamas e o acesso ao local, podendo chegar a mais de 15 mil litros. Por isso, em períodos de estiagem, é fundamental evitar incêndios para conservar a água e garantir que ela esteja disponível para uso humano e outras demandas essenciais.
O tempo de combate e de rescaldo também depende da dimensão do incêndio. “Atendemos um incêndio que durou cerca de duas horas e usamos aproximadamente mil litros de água. Em outro, maior, o combate durou de três a quatro horas e foram necessários cerca de 15 mil litros”, explicou Queiroz à Rádio JM.
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O acesso ao foco é outro ponto que influencia diretamente a estratégia. Caminhões-tanque florestais carregam até 15 mil litros, enquanto viaturas menores têm 400 litros; em contrapartida, entram em locais de difícil acesso, combinando abafadores, sopradores e técnicas manuais no combate às chamas. “Às vezes, a água sozinha não chega a todos os pontos, então usamos estratégias complementares”, afirmou o militar.
Em Uberaba, a água utilizada no combate a incêndios vem principalmente de hidrantes conectados à rede municipal, além de rios, lagos e poços profundos, como o recém-instalado na comunidade de Ponte Alta, que auxilia especialmente nas áreas rurais. Durante períodos de estiagem, é ainda mais importante evitar incêndios em vegetação para não comprometer os recursos hídricos, garantindo que a água usada pelos bombeiros não afete o abastecimento para consumo humano e outras necessidades essenciais.
Uma estratégia para a não utilização de água como fonte de combate às chamas é o manejo controlado com o próprio fogo. O contrafogo consiste em iniciar um incêndio controlado para queimar a vegetação antes da queimada principal, criando uma barreira natural que impede a propagação. Entretanto, o tenente explica que se trata de uma prática arriscada, utilizada apenas quando as chamas apresentam alta intensidade e ameaçam vidas, propriedades ou pastagens. “Essa técnica só pode ser executada por órgãos de segurança e ambientais, com autorização prévia. É parte do manejo integrado do fogo e exige muito treinamento”, esclareceu.
O Corpo de Bombeiros reforça a importância de evitar incêndios, especialmente em vegetações dentro do período de estiagem, e lembra que, em casos de emergência, o número para acionamento é 193.