Preço dos combustíveis na mira do consumidor uberabense. Os valores da gasolina em alguns postos variam de R$ 2,59
Preço dos combustíveis na mira do consumidor uberabense. Os valores da gasolina em alguns postos variam de R$ 2,59 até R$ 2,73. Mas quem precisa do produto diariamente, como no caso do taxista Élzio Pereira, os gastos na ponta da caneta assustam. “Uberaba vende gasolina muito caro, eu abasteço o carro todos os dias e no fim do mês as contas somam R$ 1,2 mil”, ressaltou o taxista, comparando os preços aplicados na cidade com Uberlândia e municípios no Estado de São Paulo.
Em Jeriquara, no interior paulista, o litro da gasolina vendido a R$ 2,23 provoca filas nos pátios dos postos. Entregador residente no bairro de Lourdes, que prefere preservar a identidade, comenta que a diferença no preço do álcool entre Uberaba e Igarapava (SP) chega a R$ 0,40.
Para Élzio, há um cartel formado na cidade. Ele acredita que, motivados pela ganância, os proprietários não reduzem os preços. “O setor deveria ser investigado pela Justiça”, enfatizou.
O presidente da Associação dos Proprietários de Postos de Combustíveis de Uberaba, José Antônio Cunha, disse que a variação de preços é normal e sofre influência de diversos fatores. “Depende da concorrência, do volume de vendas de cada posto, das despesas de cada empresa. Nos supermercados funciona do mesmo jeito, a diferença de preços chega a 50%”, comparou.
José Antônio ainda observou que a cidade deve comercializar em torno de seis milhões de litros de derivados do petróleo mensalmente e, apesar de a lei que obriga os postos de combustíveis a informar o percentual do preço do litro do álcool em relação ao valor do litro da gasolina ser recente, a maioria dos postos já se adequou.
Questionado sobre a possibilidade da formação de cartel, ele foi taxativo. “É normal essa discussão, o Brasil inteiro tem processos contra cartel. Em Uberlândia, a gasolina é mais barata porque vende mais, toda cidade tem esse problema, porque trata-se de um produto que gasta muito, todos ficam preocupados, ninguém quer tomar prejuízo”, concluiu.