Áreas periféricas de Uberaba tem gerado impactos significativos na infraestrutura e no meio ambiente (Foto/Divulgação)
A rápida expansão das áreas periféricas de Uberaba tem gerado impactos significativos na infraestrutura e no meio ambiente, segundo o arquiteto Leonardo José Silveira.
Com o crescimento irregular, áreas que antes eram periféricas estão cada vez mais ocupadas, muitas vezes sem planejamento adequado para serviços essenciais como coleta de lixo e transporte público. Essa expansão desordenada traz custos maiores para a administração municipal e limita a eficiência de políticas urbanas, completa Silveira.
Durante entrevista à Rádio JM, Leonardo José, que também é coordenador do Observatório Urbano de Uberaba, destacou que “as franjas da cidade (áreas periféricas) cresceram absurdamente e o município precisa investir muito mais em coleta de lixo do que está sendo feito”. A dificuldade em manter a limpeza urbana reflete o desafio de atender todas as áreas com os serviços básicos, especialmente em bairros recém-expandidos.
Além da infraestrutura, o crescimento irregular provoca problemas ambientais. O descarte inadequado de resíduos em áreas não planejadas tem aumentado, mesmo com a presença de ecopontos. O fenômeno está ligado à ocupação rápida de terrenos e à falta de conscientização, criando focos de poluição que afetam a saúde e a qualidade de vida da população.
O transporte público também é impactado pela expansão urbana irregular. Com bairros mais afastados e baixa densidade populacional, os serviços de ônibus enfrentam custos mais altos e menor eficiência, tornando o transporte coletivo mais caro e menos acessível à população.
O coordenador do Observatório Urbano aponta que o crescimento desordenado exige um planejamento estratégico que concilie desenvolvimento urbano e sustentabilidade. “Se o município permitir que a expansão ocorra sem nenhum controle, a cidade fica inviável”, alerta Leonardo José, reforçando a necessidade de políticas públicas que considerem tanto o espaço urbano quanto os recursos disponíveis.
O arquiteto afirma que a solução envolve não apenas o controle do crescimento, mas também investimentos em educação ambiental, incentivo à ocupação de áreas centrais e monitoramento contínuo do uso do solo. Segundo Leonardo, apenas com ações integradas será possível garantir uma cidade mais equilibrada, eficiente e sustentável.