PREJUÍZO

Instituto dos Cegos pode voltar para segundo semestre com efetivo menor

Rafaella Massa
Publicado em 30/07/2024 às 15:55Atualizado em 30/07/2024 às 21:14
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Fechar as portas da instituição, está descartado. Conforme o presidente, Felício Costa, a diretoria irá buscar outros meios de obter recursos junto à sociedade uberabense (Foto/Reprodução)

Fechar as portas da instituição, está descartado. Conforme o presidente, Felício Costa, a diretoria irá buscar outros meios de obter recursos junto à sociedade uberabense (Foto/Reprodução)

Apesar do prejuízo causado pela falta do pagamento das emendas parlamentares impositivas, o presidente do Instituto dos Cegos, Felício Costa, se comprometeu a retomar as atividades da instituição no segundo semestre. No entanto, a prestação do serviço deve ser impactada sem o repasse da verba. Além do Instituto, outras entidades do terceiro setor se manifestaram, anteriormente, pelas redes sociais.  

Ao JM News 1ª Edição, o presidente explica que o fechamento do Instituto está descartado devido ao fato de existirem convênios em vigência. “Nós temos compromisso com as famílias que nós atendemos, com as pessoas com deficiência, nós temos os convênios que estão vigentes, que nós temos que cumprir”, explica. 

No entanto, o serviço ainda deve ser impactado negativamente podendo ocasionar em corte de efetivo, que passou por ampliação recentemente, e prejuízo para os atendidos. “Nós passamos a atender um número maior de pessoas. Consequentemente, nós fizemos várias contratações, acreditando que esses recursos seriam depositados para o Instituto de Cegos, então a gente conseguiria ampliar o serviço e continuar prestando para a nossa comunidade”, afirma o presidente.  

“O fato é que se as [emendas] impositivas não forem realmente pagas, nós vamos ter que reduzir o serviço, demitir pessoas e quem vai sair perdendo, com certeza, é a comunidade das pessoas com deficiência visual. São as famílias que a gente atende e que, infelizmente, teremos que reduzir nossas atividades em função do não pagamento das emendas impositivas”, conta. 

No entanto, fechar as portas da instituição, está descartado. Conforme o presidente, a diretoria irá buscar outros meios de obter recursos junto à sociedade uberabense. “O Instituto de Cegos tem 82 anos de existência, sem nunca ter fechado as portas e sem nunca ter cobrado nada, absolutamente nada, de ninguém. E nós não vamos permitir que isto aconteça”, finaliza. 

Procurada, a Prefeitura de Uberaba informou, por meio de nota, que, embora tenha sido suspenso o pagamento das emendas devido às restrições do período eleitoral, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) efetua repasse mensal ao Instituto dos Cegos por meio de termo de colaboração que tem como objeto a mútua cooperação para o atendimento pedagógico de 90 alunos. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também faz o pagamento mensal à instituição, conforme previsto em convênio de prestação de serviços, o qual tem como objeto a realização, pela conveniada, de serviços de reabilitação/habilitação visual.

“Em ambos os casos, as partes assumem obrigações a serem cumpridas, não podendo o Município ser responsabilizado por eventuais demissões ou redução dos serviços, visto o Instituto dos Cegos tratar-se de instituição privada”, finaliza o comunicado.

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