Poucas lojas abrem no feriado

Historicamente marcado pelo fechamento de todos os estabelecimentos comerciais, o feriado do Dia do Trabalhador, nesse ano, não foi diferente em Uberaba.

Embora acordo entre Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) e Sindicato dos Trabalhadores no Comércio tenha convencionado a abertura de lojas e prestadoras de serviço, ontem mais de 90% do comércio uberabense mantiveram as portas fechadas. Até mesmo locais reconhecidos pela utilização de mão-de-obra familiar, como na área que compreende a rua Saldanha Marinha e avenidas Abílio Borges e Bandeirantes, optaram por preservar o feriado do trabalhador.

As poucas pessoas que se arriscaram em ir às compras na manhã de ontem foram surpreendidas pelo recesso na maioria das lojas. A confeiteira Neuza da Silva, por exemplo, voltou para a casa de mãos vazias. “Fiquei sabendo pelo jornal que o comércio poderia abrir e achei que todas iriam querer vender hoje, mas perdi meu tempo”, relata.

Entre os lojistas que aproveitaram o sábado às vésperas do Dia das Mães para vender, a sensação era compensatória, apesar do pouco movimento. “Pegou em um sábado que é começo de mês e, mesmo gastando um pouquinho a mais para pagar os funcionários, valeu a pena. Gostei”, considera o comerciante Djalma Grisolia, proprietário de uma loja de artigos populares na avenida Leopoldino de Oliveira.

Funcionária da mesma loja, a vendedora Elaine Passos, no entanto, não partilha da mesma opinião. “Não é tão ruim por cauda do dinheiro extra, mas, sendo feriado do Dia do Trabalhador, a gente sempre espera ficar em casa”, conta ela, ressaltando que o fluxo de clientes, especialmente antes das 10h não havia sido expressivo.

À exceção da loja de Djalma, estabelecimentos de mão-de-obra familiar e grandes redes de eletrodomésticos e de departamentos, os comerciantes uberabenses optaram por não quebrar a tradição de resguardar o feriado, mesmo que tão representativo economicamente.