CIDADE

Programa atua na reintegração de ex-presidiários à sociedade

Detentos que já tenham cumprido sua pena e que estão se desligando do estabelecimento penal agora vão passar por programa especial que atende às suas necessidades

Publicado em 17/11/2010 às 00:29Atualizado em 20/12/2022 às 03:12
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Detentos que já tenham cumprido sua pena e que estão se desligando do estabelecimento penal agora vão passar por programa especial que atende às suas necessidades básicas para reintegração à sociedade.

Maria Beatriz Rodrigues da Cunha França, gestora dos núcleos de prevenção à criminalidade, explicou que o Presp (programa de reintegração social do egresso do sistema penitenciário) conta com uma equipe multidisciplinar com advogado, assistente social e psicóloga, considerados também como técnicos sociais. “Eles começam a desenvolver programas já dentro da penitenciária com os que são considerados pré-egressos, que estão a seis meses de conseguir algum benefício, já dentro da penitenciária, fazendo reuniões com os grupos temáticos falando sobre drogas, por exemplo”, explica.

Segundo Beatriz, quando os penitenciários saem, eles já falam quais são suas demandas, quais suas perspectivas, expectativa de vida, se querem fazer algum curso profissionalizante e se precisam tirar algum documento. “Nós já temos uma parceria com várias instituições e aí fazemos encaminhamentos para cursos profissionalizantes como no Senai ou para retirada do documento na UAI”, diz.

O núcleo promove também o “grupão”, onde uma vez por mês acontecem palestras de diversas áreas e os egressos podem levar inclusive seus familiares. “Já tivemos palestras de DST, empregabilidade, atendemos à demanda dos próprios egressos”, acrescenta.

De acordo com Maria Beatriz, o núcleo trabalha com a penitenciária de três formas. “Tem a prevenção primária, onde existem dois programas no bairro Abadia, local diagnosticado como o bairro com maior índice de criminalidade, violência e homicídio e fazemos ações de intervenção social antes do crime acontecer”, ressalta.

A gestora explica que existe ainda a prevenção secundária, onde é trabalhada na Ceapa (central de apoio a penas e medidas alternativas) com o público que já cometeu pequenos delitos e que o juiz encaminha para a prestação de serviço comunitário. E existe, por fim, a prevenção terciária, que é a Presp. “Trabalhamos com quem já passou pela penitenciária para que não reincidam na criminalidade, com várias formas de reflexão, várias escolhas e caminhos”, enfatiza.

Segundo Beatriz, ainda há muito que melhorar em questão de preconceito. “A segurança pública é dever do Estado, mas de responsabilidade de todos nós. A própria sociedade cobra muito, mas tem muito pouco envolvimento nessa questão por causa do preconceito”, diz.

A gestora dos núcleos de prevenção à criminalidade diz ainda que é preciso sensibilizar a sociedade e instituições privadas para que possam agregar esses egressos para trabalhar. “Os penitenciários se queixam constantemente, em todos os encontros eles colocam essa dificuldade que têm, por isso que a grande maioria trabalha como autônomo”, conclui. O núcleo de prevenção à criminalidade trabalha de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

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