Bloqueio de vales-transporte continua gerando insatisfação de servidores públicos municipais. Em contato com a reportagem do Jornal da Manhã, funcionário denuncia
Bloqueio de vales-transporte continua gerando insatisfação de servidores públicos municipais. Em contato com a reportagem do Jornal da Manhã, funcionário denuncia que o corte reduziu de 200 para três o saldo de créditos no cartão este mês. “Não é justo descontar do nosso salário de R$ 465 e depois cortar o benefício”, contesta.
O secretário municipal de Administração, Rômulo Figueiredo, defende que o congelamento só atinge os vales acumulados dos meses anteriores. Ele desconhece o corte de créditos referentes ao mês vigente, mas orienta os servidores a procurarem o Departamento de Recursos Humanos ou a própria secretaria em caso de problemas. “Se tiver equívoco, vamos corrigir e restituir o crédito”, afirma.
Sobre o bloqueio, Rômulo declara que a administração ainda está ouvindo os servidores para verificar os motivos para o acúmulo de vales-transporte. De acordo com ele, a legislação estabelece que o benefício tem que ser consumido inteiramente dentro do mês. “Não posso comprar crédito para quem não usa. Isso representa prejuízo aos cofres públicos. Por isso, estamos refazendo o cadastro”, salienta.
O acúmulo de vales foi descoberto por causa de um rombo observado quando a Transmil e São Bento saíram do transporte coletivo. A Prefeitura pagou as empresas pelos créditos, mas como não foram utilizados à época as atuais concessionárias precisariam ser compensadas para prestar o serviço.
De acordo com o procurador-geral do município, Valdir Dias, a questão ainda está sendo estudada para propor as medidas necessárias, inclusive uma solução para os vales congelados. “Se for constatado o não uso dos créditos, é direito da Prefeitura pedir restituição às antigas empresas, mas tudo depende do resultado da avaliação”, conclui.