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O rio Uberaba está com a vazão de água em nível próximo ao considerado crítico e, na terça-feira (22), a Codau registrou 1.480 litros por segundo. O volume considerado confortável, segundo a Codau, é acima de 2.000 L/s. A situação ainda não é considerada crítica, o que ocorre quando o volume fica abaixo dos 1.000 L/s, mas exige atenção e consumo consciente, já que o sistema de transposição do rio Claro já foi acionado. Desde o início de julho, a queda no nível do rio tem sido constante e rápida.
De acordo com a Codau, entre os dias 30 de junho e 4 de julho, a vazão do rio Uberaba caiu de 2.180 para 1.910 litros por segundo, uma redução de 270 litros em apenas três dias. A queda contínua levou ao acionamento da transposição do rio Claro no dia 12 de julho, como medida de reforço ao abastecimento. Apesar do suporte, os níveis seguem abaixo do considerado confortável, mantendo a situação sob monitoramento.
A situação preocupa porque estamos no período mais seco do ano. Em junho, quando houve a última chuva considerável registrada em Uberaba, foi de apenas 7,2 mm — volume bem abaixo da média histórica para o mês, que é de aproximadamente 17 mm, segundo dados do INMET. Sem chuvas constantes, o rio tende a continuar baixando. E, conforme previsão da Climatempo, o cenário de estiagem pode permanecer até setembro.
O histórico recente reforça o alerta. Em 2024, por exemplo, a vazão do rio Uberaba chegou a níveis extremos durante a estiagem prolongada. A Codau precisou acionar o sistema de transposição já em 7 de julho, que permaneceu em operação até outubro. À época, o volume chegou a oscilar entre 900 e 1.000 L/s em diversos dias, demandando medidas emergenciais para garantir o abastecimento da cidade.
Para evitar que a situação se repita, a Codau reforça a importância do consumo consciente de água por parte da população. A companhia orienta que todas as residências tenham caixa-d’água de no mínimo 1.000 litros — quantidade suficiente para abastecer até cinco pessoas por um dia.