
A missão do Santos até o fim do Brasileirão envolve seis compromissos decisivos (Foto/Raul Baretta)
O Santos vive um momento delicado no Campeonato Brasileiro e voltou a ter sua situação agravada após a derrota para o Flamengo por 3 a 2, no último domingo, no Maracanã. Mesmo com Neymar em campo, o time de Juan Pablo Vojvoda não conseguiu evitar o novo tropeço, que manteve a equipe na zona de rebaixamento.
Com os mesmos 33 pontos, o Santos ocupa a 17ª posição, duas atrás do Vitória, primeira equipe fora da zona da degola. Os baianos, porém, têm um jogo a mais, o que aumenta ainda mais a pressão sobre o time paulista na reta final da competição.
A derrota também ampliou significativamente as probabilidades de queda. Segundo cálculos do Departamento de Matemática da UFMG, o risco de rebaixamento do Santos saltou de 50,5% para 59,4%. Os números refletem não apenas o revés no Rio, mas também o desempenho recente e a tabela restante, considerada uma das mais pesadas entre os clubes ameaçados.
O cenário não é isolado: Juventude, Fortaleza e Sport completam o Z-4. Assim como o Santos, Fortaleza e Sport ainda têm uma partida pendente, o que mantém as projeções em constante oscilação. No momento, o Sport registra risco de queda de 100%, enquanto o Fortaleza alcança 92,6% e o Juventude, 76,8%.
A missão do Santos até o fim do Brasileirão envolve seis compromissos decisivos. O time ainda enfrenta Palmeiras e Mirassol na Vila Belmiro, além de visitas ao Internacional e ao Juventude. Sport e Cruzeiro também entram na lista de confrontos diretos em casa, aumentando a carga dramática da reta final.
Após o jogo no Maracanã, Vojvoda fez um apelo à torcida, pedindo união nas partidas restantes. O treinador destacou a força histórica da Vila Belmiro e afirmou que o apoio do torcedor será essencial para tentar reverter o quadro. Ele reconheceu a frustração da torcida, mas insistiu que o momento exige presença e empurrão das arquibancadas.
Além do Santos, o levantamento da UFMG detalha os riscos de outras equipes que ainda convivem com ameaça mínima ou moderada. Vitória aparece com 51,9%, Internacional com 16,9%, e os demais clubes já apresentam probabilidades inferiores a 2%.
Com seis jogos a disputar, o Santos depende de reação imediata para evitar o quarto rebaixamento de sua história e transformar probabilidades matemáticas em sobrevida dentro de campo.