ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS

Flamengo propõe mudanças no Fair Play Financeiro e pede fim dos gramados sintéticos

Publicado em 11/11/2025 às 07:59
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A proposta do Flamengo afeta o Vasco, que passa por recuperação judicial. Provocação? (Foto/Leandro Amorim/Vasco)

A proposta do Flamengo afeta o Vasco, que passa por recuperação judicial. Provocação? (Foto/Leandro Amorim/Vasco)

O Flamengo apresentou à CBF um documento com uma série de propostas para compor o futuro Sistema de Sustentabilidade do Futebol (SSF), modelo brasileiro de Fair Play Financeiro que vem sendo debatido pela entidade. No material, o clube defende mudanças profundas na gestão econômica das equipes e também sugere alterações estruturais no futebol nacional, como a proibição do uso de gramados artificiais.

Entre os pontos centrais está o tratamento dado aos clubes em recuperação judicial. Para o Flamengo, o período em que não há obrigação de pagamento de dívidas não pode gerar vantagens esportivas. O texto propõe restringir o registro de novos atletas e até perda de pontos enquanto durar o processo, para evitar desequilíbrios competitivos.

Outro item destacado é a ampliação do conceito de custos do elenco. O clube defende que não apenas salários, mas também direitos de imagem, luvas, comissões, bônus e impostos sejam contabilizados, impedindo distorções que maquiem o real impacto financeiro das contratações.

O documento também critica aberturas contábeis que permitam esconder gastos do futebol profissional por meio de alocação em categorias de base ou no futebol feminino. A recomendação é eliminar brechas desse tipo e garantir total transparência.

Sobre estrutura esportiva, o Flamengo propõe a eliminação imediata dos gramados artificiais em competições nacionais. Segundo o clube, a diferença de custo entre gramados naturais e sintéticos gera desigualdade entre equipes e ainda pode comprometer a saúde dos atletas.

Na área de governança, o texto sugere o uso de ratings para classificar clubes de acordo com a qualidade de gestão, oferecendo mais flexibilidade às equipes bem avaliadas. Outra recomendação é a criação de um “Teste de Proprietários e Dirigentes”, destinado a avaliar se os responsáveis por clubes têm idoneidade e capacidade financeira para ocupar o cargo.

O documento também defende sanções mais eficientes, como restrições de janelas de transferência, que seriam mantidas mesmo se o clube regularizasse a situação posteriormente. O objetivo é evitar que punições acabem esvaziadas por soluções de última hora.

Por fim, o Flamengo se coloca como parceiro da CBF na construção do novo Sistema de Sustentabilidade do Futebol, elogiando a iniciativa e afirmando estar disposto a contribuir em etapas técnicas e operacionais da implementação.

As propostas discutidas foram tema da reunião realizada nesta segunda-feira na sede da CBF, que também abordou outras pautas, como o uso do impedimento semiautomático.

O documento do Flamengo, divulgado publicamente pelo clube, reforça o debate sobre modernização, transparência e equilíbrio competitivo no futebol brasileiro, temas que devem seguir em discussão nos próximos meses.

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