Hoje, nenhum técnico no país recebe mais do que Abel Ferreira (Foto/César Greco/Palmeiras)
O Campeonato Brasileiro não se destaca apenas dentro de campo. Fora dele, os salários dos treinadores chamam a atenção e revelam o peso do investimento que os clubes fazem para ter nomes de ponta à frente de seus elencos.
Hoje, nenhum técnico no país recebe mais do que Abel Ferreira. O português, contratado pelo Palmeiras em 2020, transformou o clube em protagonista. Por isso, o Verdão paga nada menos que R$ 3 milhões por mês ao comandante, que coleciona títulos de Libertadores, Campeonato Brasileiro e ainda disputou uma final de Mundial contra o Chelsea, em 2022.
Logo atrás aparece Dorival Júnior, hoje no Corinthians, com vencimentos de R$ 2 milhões. O treinador soma passagens de destaque por diversos clubes do país e agora é peça central no projeto do Timão para voltar ao protagonismo.
No Atlético-MG, a aposta foi em Jorge Sampaoli. O argentino retornou ao futebol brasileiro com status de estrela e embolsa R$ 1,9 milhão mensais. Ele assumiu após a saída de Cuca, no fim de agosto, e chega para conduzir um elenco milionário recheado de estrelas.
A lista segue com outros nomes de peso. Renato Gaúcho, ídolo do Fluminense, e Leonardo Jardim, comandante do Cruzeiro, recebem cerca de R$ 1,5 milhão cada. Já Juan Pablo Vojvoda, que fez história no Fortaleza e agora dirige o Santos, fatura R$ 1,4 milhão.
No Nordeste, Rogério Ceni mantém prestígio. Atual técnico do Bahia, ele embolsa R$ 1,2 milhão por mês. Fecham o top-10 Fernando Diniz, no Vasco, e Hernán Crespo, no São Paulo, ambos com contratos de R$ 1,1 milhão.
Esses valores mostram uma mudança de realidade. Há poucos anos, salários assim eram raros no país. Hoje, tornaram-se regra entre os principais clubes, que veem nos treinadores peças tão valiosas quanto jogadores de ponta.
Fora da Série A, porém, há um nome que supera todos: Carlo Ancelotti. O italiano, multicampeão europeu, é o técnico da Seleção Brasileira e recebe cerca de R$ 5 milhões mensais da CBF. Um patamar acima de qualquer colega que atua nos clubes nacionais.
Com esse quadro, o futebol brasileiro reforça sua posição como mercado atrativo, capaz de pagar cifras milionárias não apenas a atletas, mas também aos estrategistas que comandam as equipes.