Apesar da safra recorde do milho e dos estoques privados estarem lotados, pequenos avicultores do país têm encontrado dificuldades para obter esse que é o...
Produtores já sofrem com alta no preço do milho. Apesar da safra recorde do milho e dos estoques privados estarem lotados, pequenos avicultores do país têm encontrado dificuldades para obter esse que é o principal alimento oferecido aos frangos. Em Uberaba, segundo o secretário municipal de Agricultura, José Humberto Guimarães, esse problema ainda não foi registrado, mas a previsão é que aconteça em breve, e os produtores terão de se adaptar.
Parte da dificuldade de acesso ao milho se deve à alta do preço internacional do produto, em decorrência da seca nos Estados Unidos. “Em Uberaba, ainda não estamos enfrentando problemas com a valorização do produto, e nem mesmo com a falta dele. Mas, isso irá afetar toda a produção de alimentos mundial. Tudo indica que os Estados Unidos não deixarão de produzir a quantidade de etanol de costume, por conta da redução da safra. O país irá comprar o produto em outros locais, como o Brasil. Com isso, será registrada queda na oferta local”, explica José Humberto.
A queda na oferta implica em uma situação grave na produção de alimentos como um todo, entre eles o óleo de cozinha, a produção de aves, suínos e confinamentos. O milho está presente em 3.500 produtos. “É uma situação preocupante e está começando agora. Além disso, face a produção internacional, o Brasil é um país que produz pouco milh são menos de 60 milhões de toneladas. Assim, não há como responder rapidamente diante de um fato, que foi uma intempérie nos Estados Unidos”, afirma.
Ainda segundo o secretário, somente uma empresa avícola de Uberaba consome 300 mil sacas de milho por mês, sendo 10 mil por dia. São abatidos 60 mil frangos por dia e a previsão é dobrar esta produção, chegando a 320 mil frangos/dia. “Mas os planos deste empresário podem ser prejudicados por conta da oferta reduzida de milho. É uma situação grave”, afirma.