SEGUE O CONFRONTO

Secretário de Trump diz que EUA preparam novas retaliações ao Brasil após condenação de Bolsonaro

Marco Rubio afirma que presidente norte-americano anunciará medidas na próxima semana e acusa STF de “opressão judicial”

Hédio Ferreira Júnior/O Tempo
Publicado em 15/09/2025 às 17:01
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Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, endurece discurso e promete novas ações contra o Brasil em defesa de Bolsonaro (Foto/Jacquelyn Martin/POOL/AFP)

Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, endurece discurso e promete novas ações contra o Brasil em defesa de Bolsonaro (Foto/Jacquelyn Martin/POOL/AFP)

O governo de Donald Trump prepara novas ações contra o Brasil em resposta à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O anúncio deve ser feito na próxima semana, segundo adiantou nesta segunda-feira (15/9) o secretário de Estado e conselheiro de segurança nacional, Marco Rubio, em entrevista à Fox News em Jerusalém.

A fala de Rubio reforça o tom de confronto adotado por Washington desde que a Primeira Turma do STF sentenciou Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por crimes ligados à tentativa de golpe de Estado. 

“Haverá uma resposta dos EUA a isso. Faremos alguns anúncios na próxima semana sobre quais medidas adicionais pretendemos tomar”, disse o secretário, que classificou os ministros da Corte, sem citar nomes, como “juízes ativistas”.

O secretário também acusou o STF de tentar impor sanções "extraterritoriais" a cidadãos e empresas americanas. "O Estado de direito está se desintegrando", declarou. A crítica ecoa declarações anteriores do próprio Trump, que chamou a condenação de “terrível” e comparou o caso aos processos judiciais que enfrenta nos Estados Unidos.

As tensões entre os dois países vêm crescendo desde julho, quando Trump impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, alegando perseguição judicial a Bolsonaro. Além das barreiras comerciais, Washington já abriu investigação contra o Brasil por supostas práticas desleais de comércio. 

Os Estados Unidos incluíram também o nome do ministro do STF Alexandre de Moraes na lista de punições da Lei Magnitsky, por suposta violação "grave" de direitos humanos.

Na semana passada, a Casa Branca chegou a sugerir que poderia usar "meios militares" para "defender a liberdade de expressão no mundo", em referência ao julgamento do STF.

A ofensiva diplomática ocorre no momento em que o Brasil enfrenta forte pressão internacional por causa da condenação do ex-presidente e de seus principais aliados militares e políticos, incluindo generais e ex-ministros. 

Para a defesa de Bolsonaro, os pedidos de flexibilização da prisão domiciliar no país também fazem parte dessa estratégia de articulação política, com respaldo de aliados no Congresso e atenção especial de Washington.

Fonte: O Tempo.

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