Antecipação do 13° a aposentados anima comércio

Pagamento da primeira parcela do 13º salário aos aposentados e pensionistas movimenta economia local. Mais de 69 mil beneficiários do Triângulo Mineiro estão recebendo a primeira parcela. A estimativa é de que R$ 30,2 milhões sejam pagos aos aposentados. Alguns setores estão otimistas, mas é preciso consciência na hora de gastar.

A primeira parcela do 13º começou a ser paga na segunda-feira, 27, conjuntamente com a folha do mês de agosto. O benefício será pago até o dia 10 de setembro e não haverá desconto do Imposto de Renda (IR).

De acordo com o economista, Marco Antonio Nogueira, o pagamento antecipado e parcelado do 13°, começou a ser desenvolvido no final do primeiro mandato do Governo Lula. “Isso gera mais recursos na economia, as pessoas estão com mais dinheiro e a pretensão é gastar mais no segundo semestre. É mais uma forma de o governo incentivar a economia. Com maior quantia de dinheiro em circulação, maior será a oportunidade de as pessoas quitarem dívida e fazer novas compras. Isso é bom, desde que usado da melhor forma”, afirma Marco.

O comércio é um dos setores otimistas com a antecipação de parte do 13°. De acordo com o presidente da Aciu, Manoel Rodrigues Neto, não só para o aquecimento das vendas, o aumento de crédito pode ser usado para liquidação de dívidas. “Todas as vezes que entram novos recursos, entendemos que parte deles é usada para quitar dívidas, o que é bom para o comércio.

A inadimplência passa a ser menor. Outra parte é aplicada em compras dentro do mercado”, explica Manoel, lembrando que no segundo semestre o movimento tende a ser maior rumo às compras de Natal.

Entretanto, é preciso cuidado na hora de gastar. É bom lembrar que 13° salário serve para muitos, como uma ajuda para os gastos do fim do ano, como impostos e material escolar. “Se a pessoa tem dívidas, a melhor medida é quitá-las na época certa, para que no fim do ano a pessoa possa ter dinheiro para adquirir bens. Não adianta ter dívida, dinheiro para pagar e ao mesmo tempo adquirir novos débitos”, enfatiza o economista.