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Anvisa aprova uso Wegovy para tratamento de gordura no fígado

Conhecido como 'caneta emagrecedora' à base de semaglutida, medicamento passou nos testes realizados pelo órgão regulador

Raíssa Pedrosa/O Tempo
Publicado em 15/12/2025 às 14:45
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Wegovy recebeu aprovação para ser usado em tratamento do fígado (Foto/Reprodução)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a indicação para Wegovy® (semaglutida 2,4 mg) para tratar gordura no fígado com inflamação (esteatohepatite associada à disfunção metabólica - ou MASH, da sigla em inglês) em adultos com fibrose moderada a avançada, sem cirrose hepática. O medicamento é fabricado pela Novo Nordisk.

A gordura no fígado, ou esteatose metabólica, acomete pelo menos 30% da população global e está diretamente ligada ao sobrepeso e à obesidade. Estima-se que oito em cada dez pessoas com excesso de peso convivem com o problema. 

Conforme comunicado da Novo Nordisk, a Anvisa aprovou o medicamento com base em estudos que mostraram que a semaglutida 2,4mg foi superior ao placebo na reversão da inflamação e na melhora da fibrose hepática. Os dados clínicos mostraram que, após 72 semanas:

  • 63% dos pacientes tratados com Wegovy® alcançaram a resolução de MASH (desaparecimento da inflamação), em comparação com 34,3% no grupo placebo
  • 37% dos pacientes tratados com Wegovy® apresentaram melhora no estágio da fibrose hepática, contra 22,4% no grupo placebo
  • 33% dos pacientes alcançaram os dois benefícios ao mesmo tempo: reverteram a inflamação e melhoraram o grau de fibrose

"A aprovação de hoje é um marco no tratamento da gordura no fígado no Brasil, uma doença silenciosa e grave, diretamente ligada à epidemia de obesidade", afirma Priscilla Mattar, endocrinologista e vice-presidente da área médica da Novo Nordisk no Brasil.

"Até agora, os pacientes tinham poucas opções para frear a progressão da doença, que pode levar à cirrose e à necessidade de um transplante de fígado. Ter uma terapia que demonstrou não apenas reverter a inflamação em mais de 60% dos pacientes, mas também melhorar a fibrose hepática, é um avanço que pode mudar o curso da doença. Este resultado reforça nosso compromisso de ir além do tratamento da obesidade, abordando suas comorbidades de forma integral e oferecendo uma nova perspectiva de vida e saúde para os pacientes", completa.

Fonte: O Tempo

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