PRÁTICAS

Estudo aponta que hábitos simples podem rejuvenescer o cérebro

Nova pesquisa mostra que a idade cerebral pode mudar de acordo com a forma como as pessoas vivem

O Tempo
Publicado em 15/12/2025 às 17:07
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Pesquisadores da Universidade da Flórida descobriram que práticas como otimismo, sono de qualidade, gerenciamento do estresse e apoio social podem rejuvenescer o cérebro em até oito anos em comparação com a idade cronológica. O estudo, publicado na revista científica "Brain Communications", utilizou ressonância magnética e tecnologia de aprendizado de máquina para determinar a "idade verdadeira" do cérebro dos participantes.

A pesquisa acompanhou 128 adultos de meia-idade e idosos, a maioria com dor musculoesquelética crônica relacionada à osteoartrite do joelho ou com risco de desenvolvê-la. Os participantes foram monitorados durante dois anos nos laboratórios da UF, nos Estados Unidos, onde realizaram exames de ressonância magnética e responderam a questionários sobre seus hábitos de vida.

Os dados revelaram que pessoas com maior número de fatores protetores começaram o estudo com cérebros aparentando ser oito anos mais jovens que sua idade real. Além disso, o envelhecimento cerebral desses indivíduos progrediu mais lentamente durante todo o período de acompanhamento.

A pesquisa foi motivada pelo conhecimento de que cérebros envelhecidos têm maior propensão ao declínio cognitivo, demência e Alzheimer. Diferentemente de estudos anteriores que analisavam regiões cerebrais isoladas, este trabalho considerou que dor, estresse e eventos importantes da vida afetam redes neurais mais amplas.

"Estas são coisas sobre as quais as pessoas têm algum nível de controle", afirma o professor associado de pesquisa em psicologia clínica e de saúde na Universidade da Flórida, Jared Tanner. "Você pode aprender a perceber o estresse de maneira diferente. O sono ruim é muito tratável. O otimismo pode ser praticado”. 

A partir desses resultados, os pesquisadores pretendem desenvolver intervenções específicas para ajudar pessoas a adotar hábitos que promovam a saúde cerebral, especialmente aquelas com dor crônica ou outras condições que normalmente aceleram o envelhecimento cerebral.

"A mensagem é consistente em nossos estudos, comportamentos que promovem a saúde não estão apenas associados a menos dor e melhor funcionamento físico, eles parecem realmente reforçar a saúde de forma aditiva em um nível significativo", destacou a professora associada de medicina física e reabilitação na UF, Kimberly Sibill. 

"Literalmente para cada fator adicional de promoção da saúde há alguma evidência de benefício neurobiológico", acrescentou Sibille. "Nossos achados apoiam o crescente corpo de evidências de que o estilo de vida é medicina”. 

Fonte: O Tempo.

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