RETIRADA DE HÉRNIAS

Defesa volta a pedir a Moraes para Bolsonaro deixar PF para fazer cirurgia

Amparados no resultado de uma ultrassonografia, advogados defendem a urgência de o ex-presidente ser submetido a procedimento para retirar duas hérnias

Gabriel Ferreira Borges; Hédio Ferreira Júnior/O Tempo
Publicado em 15/12/2025 às 17:16
Compartilhar

Apesar de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ter solicitado uma perícia médica à Polícia Federal (PF), a defesa insistiu, nesta segunda-feira (15/12), para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja submetido, com urgência, a uma cirurgia para retirar duas hérnias. O ex-presidente está preso na Superintendência Regional da PF, em Brasília (DF), há cerca de 20 dias.

A defesa amparou o novo pedido no resultado de uma ultrassonografia realizada por Bolsonaro no último domingo (14/12). “O médico responsável pelo acompanhamento, Dr. Cláudio Birolini, elaborou novo relatório médico, no qual, de forma expressa e fundamentada, reitera a necessidade de realização do procedimento cirúrgico de herniorrafia inguinal bilateral”, apontou. 

Segundo os advogados, o estado de saúde de Bolsonaro teria piorado desde a última sexta (12/12). “Os sintomas de dor e desconforto na região inguinal se intensificaram em razão das frequentes crises de soluço, que provocam aumento intermitente da pressão abdominal, elevando significativamente o risco de encarceramento ou estrangulamento intestinal”, alegou.

A defesa ainda argumentou que Bolsonaro também deve ser submetido a um “bloqueio anestésico do nervo frênico” como um tratamento complementar às crises de soluços. “Trata-se, portanto, de quadro que não apenas recomenda, mas exige intervenção cirúrgica programada, sob condições controladas, a fim de evitar desfechos emergenciais potencialmente graves”, ressaltou.

Em seu relatório, Birolini sugeriu que o ex-presidente seja internado no hospital DF Star, o mesmo por onde já passou. “O tempo previsto de internação será de cinco a sete dias, a fim de contemplar o período necessário para avaliação pré-operatória, procedimentos cirúrgico e anestésico, analgesia pós-operatória, profilaxia de eventos trombóticos e fisioterapia motora”, observou. 

Os advogados aproveitaram o diagnóstico para reforçar o pedido de prisão domiciliar humanitária, já que, disseram, o quadro clínico de Bolsonaro exigiria a necessidade de “acesso contínuo, célere e adequado aos cuidados médicos de alta complexidade”. Entretanto, o ex-presidente tem à disposição atendimento médico em regime de plantão desde que está preso preventivamente.

Moraes autorizou a ultrassonografia do abdômen de Bolsonaro após a defesa alegar que o exame agilizaria a perícia médica determinada pelo próprio ministro à PF. De acordo com os advogados, a ultrassonografia, realizada na própria carceragem, forneceria um diagnóstico “sem necessidade de deslocamento do peticionante e sem qualquer interferência na autonomia técnica da PF”.

O ministro deu 15 dias à PF para atestar a necessidade de cirurgias porque o exame médico-legal a que Bolsonaro foi submetido quando foi preso, ainda de forma preventiva, não indicou qualquer exigência de “imediata intervenção cirúrgica”. “Desde aquele momento, não houve nenhuma notícia de situação médica emergencial ocorrida com Jair Messias Bolsonaro”, observou, na última quinta.

Bolsonaro está preso na Superintendência Regional da PF desde o dia 22 de novembro, quando tentou romper sua tornozeleira eletrônica. O ex-presidente foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de direito, organização criminosa armada, dano qualificado por grave ameaça ou violência ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Fonte: O Tempo.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Logotipo JM OnlineLogotipo JM Online

Nossos Apps

Redes Sociais

Razão Social

Rio Grande Artes Gráficas Ltda

CNPJ: 17.771.076/0001-83

Logotipo JM Magazine
Logotipo JM Online
Logotipo JM Online
Logotipo JM Rádio
Logotipo Editoria & Gráfica Vitória
JM Online© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por