Atendente de padaria aguarda a liberação de casa pela Cohagra há mais de dois anos. Edilaine Kelly da Silva afirma ter feito a inscrição em 2009, na expectativa de que a residência fosse entregue o quanto antes, para enfim sair do aluguel. Entretanto, passaram-se anos e ela ainda não recebeu as chaves e nem mesmo o comunicado da autarquia de quando o processo deve ser concluído.
De acordo com Edilaine, que hoje vive de aluguel, ela é divorciada e precisa sustentar os filhos. E a situação está ficando cada vez mais complicada, pois recebeu um comunicado da proprietária da casa de que deve procurar outro local para morar e que a residência precisa ser desocupada o quanto antes. “Já não sei mais o que fazer. Por várias vezes, fui até a Cohagra questionar a liberação da casa, mas são só promessas. Na última vez que estive lá me falaram que faltavam alguns documentos. E por que não me avisaram isso antes? Se fosse esse o problema, já tinha encontrado uma solução”, reclama a atendente.
Ainda segundo Edilaine, informações repassadas pelos funcionários da Cohagra dão conta de que este ano não haverá mais entrega de casas. Portanto, a previsão é somente para o ano que vem. “Estou bastante preocupada. Na semana que vem, tenho de sair da casa em que moro de aluguel e não sei para onde vou”, lamenta Edilaine.
De acordo com o gestor jurídico e social da Cohagra, Ronaldo Cunha Freitas, em 2009 foram realizadas em torno de 6 mil inscrições, enquanto cerca de 300 famílias já aguardavam a liberação de uma casa. Durante os últimos anos foram construídas e entregues, por meio da Caixa Econômica Federal, 2.328 unidades da faixa I (até um salário mínimo), do programa Minha Casa Minha Vida I. Sendo assim, algumas pessoas acabaram não sendo atendidas com a primeira edição do programa. “Mas serão prioridades no Minha Casa Minha Vida II”, explica o gestor. Ele acredita que Edilaine pode estar na lista das pessoas que serão atendidas na próxima edição. (GS)