A atuação da Câmara dos Deputados é desaprovada por 70% dos brasileiros, segundo pesquisa Pulso Brasil/Ipespe divulgada nesta quinta-feira (25/9).
O índice de reprovação ao trabalho dos deputados federais cresceu sete pontos percentuais desde a última pesquisa, realizada em julho deste ano, quando somava 63%.
Por outro lado, 18% disseram aprovar as atividades dos parlamentares — seis pontos a menos em relação a julho, quando era de 24%. Outros 12% não souberam opinar ou não quiseram responder.
Quando abordados sobre o Senado, 59% afirmaram reprovar os trabalhos e 26% disseram aprovar – 15% não sabem ou não responderam. Em julho, a reprovação era de 61%, enquanto a aprovação era de 25%.
Já o Supremo Tribunal Federal (STF) viu a aprovação aumentar de 43% para 46%. A rejeição caiu de 49% para 44%. Outros 10% não responderam ou disseram não ter opinião formada.
Responsáveis pela pesquisa creditam a mudança à grande exposição do Tribunal no julgamento da trama golpista, em setembro, que culminou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus.
Foram ouvidas 2.500 pessoas em todas as regiões do país entre 19 e 22 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O intervalo de confiança é de 95,45%.
Aprovação de Lula sobe e chega a 50%
A aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu os 50% em setembro, segundo a mesma pesquisa. A desaprovação é de 48%. Já 2% não quiseram responder ou disseram não ter opinião.
Conforme o levantamento, em um intervalo de dois meses, a avaliação positiva avançou sete pontos percentuais, enquanto a negativa caiu três. Em julho, 51% desaprovavam a gestão Lula, enquanto 43% eram favoráveis. Em maio, a rejeição era de 54%, com aprovação de 40%.
De acordo com o levantamento divulgado nesta quinta-feira, a aprovação ao governo Lula é “superlativa entre os eleitores de esquerda (95%), mas superou a desaprovação também entre eleitores do centro (49%) e da classe média (51%)”.
O resultado inverte a tendência observada no primeiro semestre, quando críticas ao governo do petista cresciam em meio à crise com o Congresso Nacional e ao tarifaço impostos pelos Estados Unidos.
O tarifaço ainda era o assunto mais lembrado no momento da mais recente pesquisa (19 a 22 de setembro), que não captou portanto a repercussão das manifestações contra a PEC da Blindagem, no último domingo (21/9) nem o discurso de Lula na ONU, na quarta-feira (24/9).
Fonte: O Tempo.